Gelo derrete e grama verde já começa a se espalhar pela Antártida
Com as mudanças climáticas, a Antártida sofre com o derretimento de gelo, mas, também, apresenta o surgimento de grama verde e outros tipos de planta. Um estudo recente mapeou a biodiversidade da Antártida e revelou descobertas surpreendentes no continente visto (até então) como uma paisagem infértil.
Pesquisadores de várias instituições conduziram o estudo, publicado no último dia 6, utilizando dados de satélite da ESA (Agência Espacial Europeia). O estudo mostra uma variedade de vegetação, incluindo a presença de musgos, grama, líquens e algas na Antártida.
Segundo o estudo, a Antártida possui quase 45 km² de vegetação. Embora seja uma fração minúscula do continente coberto por gelo, os pesquisadores ressaltam a necessidade de proteção e monitoramento das áreas verdes da Antártida.
Papel da vegetação na Antártida
A flora da Antártida, composta principalmente por musgos e líquens, passou por um processo de evolução para sobreviver às extremas condições polares. De acordo com o estudo, cada planta possui um papel vital no ciclo de carbono do continente.
Além disso, a “sensibilidade excepcional dessas plantas às mudanças ambientais” podem servir como um indicador confiável dos efeitos das mudanças climáticas na Antártida.
Os musgos, por ajudar a prevenir a erosão do solo, contém umidade suficiente para serem habitats de pequenos organismos, enquanto os líquens contribuem como fonte de alimentos para vários animais.
O mapa criado pelos cientistas fornece insights importantes sobre os padrões de vegetação em áreas remotas, como a Antártida, aumentando a compreensão sobre os fatores por trás da distribuição das plantas no continente. Confira, abaixo:
Por isso, de acordo com os cientistas, é importante monitorar esses “organismos resilientes nesse ambiente desfavorável” para entender as respostas de vegetações similares em áreas vulneráveis do mundo.
Além disso, o estudo destaca o papel da tecnologia no desenvolvimento do mapa. Os pesquisadores utilizaram, além de imagens de satélite, drones e sistemas sensoriais remotos.
Tais ferramentas permitiram que os cientistas coletasse os dados remotamente de maneira mais eficiente, além de contribuir para identificação de áreas em risco devido às mudanças climáticas ou pela atividade humana.