Google atualiza mecanismo de busca para melhorar resultados baseados em contexto

A busca do Google está aí há quase 20 anos e tem sofrido constantemente alterações. Na última terça-feria (25), no entanto, a empresa organizou um evento para falar de mudanças no mecanismo feitas pelo centro de engenharia do Google em Belo Horizonte. Boa parte das alterações é incremental e tem relação com o objetivo da […]

A busca do Google está aí há quase 20 anos e tem sofrido constantemente alterações. Na última terça-feria (25), no entanto, a empresa organizou um evento para falar de mudanças no mecanismo feitas pelo centro de engenharia do Google em Belo Horizonte.

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Boa parte das alterações é incremental e tem relação com o objetivo da empresa de tentar melhorar o contexto das requisições feitas na plataforma.

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A primeira delas consiste no que a companhia chama de jornada em tópicos relacionados. Em português claro, isso quer dizer que o resultado da pesquisa vai entender o que for buscado anteriormente e mostrar resultados que mostrem a relação entre os termos.

O exemplo dado para elucidar isso é uma busca por Neymar seguida por outra requisição por Messi. “A gente entende que é uma busca por jogadores de futebol e mostramos um carrossel com outros atletas relacionados aos dois”, explicou Bruno Pôssas, engenheiro chefe de busca do Google.

O mesmo ocorre, por exemplo, ao buscar “Tropa de Elite” e na sequência “Cidade de Deus” — o resultado exibirá outros filmes nacionais relacionados. Ou uma requisição por moqueca seguida de vatapá. O mecanismo vai exibir no carrossel uma série de pratos típicos brasileiros. A funcionalidade já está disponível por aqui.

Os snippets são aquelas respostas que aparecem na busca, geralmente baseadas em artigos. Eles também receberam atualizações feitas pelo centro de engenharia de BH. No caso, além das respostas, serão exibidas imagens e outras buscas que tenham relação com o tema.

Uma busca por “cabelo + Ivete Sangalo” vai mostrar o tipo de técnica usada pela cantora, baseada em um artigo, imagens do penteado da cantora e buscas relacionadas — pesquisas de penteado de outras celebridades. Outro exemplo, “capoeira + vestimenta”: além de mostrar imagens da roupa apropriada e explicações, serão exibidas buscas relacionadas, como roupa para praticar outras lutas. O recurso vai ser disponibilizado em maio.

A busca também ganhará painéis de conhecimento para conteúdos relacionados. Pense numa busca por ‘krav maga”. Além da explicação da modalidade, serão mostrados itens também pesquisados: aikidô, caratê e taekwondo. Esse recurso já está rolando em português brasileiro.

E o Google Home?

No evento, também foi mencionado o crescimento do uso das ferramentas de voz e do Google Assistente, que está disponível em português para versões mais recentes do Android. E o Google Home? Bem, a resposta foi um pouco evasiva, quando jornalistas perguntaram sobre, mas foi dito que depende mais do processo para trazer o hardware do que o Google Assistente em si, pois a funcionalidade já está localizada para o português brasileiro.

Recentemente, a Índia, país emergente e coincidentemente de origem do CEO do Google, Sundar Pichai, começou a vender o Google Home. Como resposta oficial sobre a chegada ao Brasil, o mais perto de algo concreto sobre o Google Home foi dito por Berthier Ribeiro-Neto, diretor de engenharia do Google para a América Latina: “O Brasil é prioridade”. Então tá. Vamos aguardar.

Pagando os boletos

No fim das contas, ainda que toda uma geração já tenha nascido com os mecanismos de busca funcionando, a ferramenta continua recebendo atualizações e tem se tornado cada vez mais um “oráculo”, no sentido de tentar entender o contexto e mostrar uma resposta em vez de apenas indicar links relevantes.

Em meio a tantos produtos e serviços vistosos, a busca é muito relevante para a companhia. Prova disso foi a recente divulgação de resultados financeiros da Alphabet (subsidiária dona do Google): 90% das receitas no 1º trimestre deste ano vieram de propagandas.

A empresa tem tentado diversificar suas receitas investindo em Cloud (para concorrer com a Amazon e a Microsoft) e em apostas para o futuro, como tecnologia para carros autônomos. No entanto, quem paga os boletos no fim do dia ainda é a publicidade segmentada.

Todas as imagens por Google

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