Google vai acabar com a mamata de apps que abusam de dados de localização do usuário
A farra dos aplicativos que acessam a localização dos aparelhos Android a todo o tempo está com os dias contados. Pelo menos é o que promete o Google. A companhia anunciou novas diretrizes para desenvolvedores usarem as informações de localização dos dispositivos — e quem não seguir terá seu app removido.
Em um post em seu blog para desenvolvedores, o Google diz que atualizará ainda este ano as políticas da Google Play. O uso de localização será avaliado de acordo com os seguintes critérios
O recurso oferece um valor claro ao usuário?
Os usuários esperam que o aplicativo acesse sua localização em segundo plano?
O recurso é importante para o objetivo principal do aplicativo?
Você pode oferecer a mesma experiência sem acessar o local em segundo plano?
Nos exemplos listados no post, o Google dá uma ideia melhor do que vai ser aceito e do que vai ser reprovado. Uso para serviços de emergência? Ok. Uso para compartilhar localização com amigos? Ok. Uso para localizar lojas? Aí não: ele pode funcionar muito bem se usar a localização apenas quando o usuário abre o app.
O Google também deu uma linha do tempo para implementar as mudanças. Em abril, as políticas da Google Play receberão as mudanças acima. Em maio, os desenvolvedores passarão a ver avisos sobre as mudanças no painel na Play Store e poderão tirar dúvidas sobre seus casos de uso da localização.
A partir de 3 de agosto, todos os apps enviados à Play Store que acessem a localização do usuário em segundo plano precisarão ser aprovados pelo Google. E, a partir de 2 de novembro, todos os apps já existentes que acessem esse recurso precisarão da aprovação da empresa ou serão removidos.
A novidade está em linha com mudanças recentes e futuras no Android. Na versão 10 do sistema operacional, o usuário passou a ter a opção de permitir que um app acesse a localização apenas quando está sendo usado, impedindo que ele use essas informações quando está inativo.
A versão 11 deve ir um pouco além e dar a possibilidade de permitir o acesso a localização e a outros recursos apenas uma única vez — a autorização seria revogada assim que o app fosse fechado, e precisaria ser concedida novamente na próxima utilização.