Grupo ambientalista dos EUA quer criar tradutor de baleiês usando IA
O Earth Species Project (ESP), um grupo sem fins lucrativos da Califórnia (EUA), quer utilizar a inteligência artificial (IA) para decifrar as complexas vocalizações das baleias. Este avanço anima os amantes de animais de estimação, mas também promete transformar a forma como interagimos e protegemos os gigantes dos mares.
Em parceria com engenheiros, a organização planeja desenvolver um “whup” sintético usando IA. O “whup” é a forma que os cientistas acreditam que é a maneira como as baleias anunciam sua presença umas às outras.
Segundo comunicado da organização, o objetivo final da organização é transcender as barreiras linguísticas entre humanos e animais, prevendo que, em 30 anos, documentários de natureza não precisarão mais de narrações, pois as conversas dos animais serão legendadas.
A iniciativa do ESP ocorre em um momento crucial, pois a população de vida selvagem em todo o planeta sofre uma redução alarmante, estimada em quase 70% nos últimos 50 anos. A capacidade de entender e se comunicar com animais desempenha um papel vital na conservação e preservação dessas espécies.
IA abre nova janela para o mundo animal
A IA do ESP não se limita às baleias. Com o apoio de biólogos, eles estão desenvolvendo algoritmos de aprendizado de máquina para analisar dados abrangentes, incluindo localização, temperatura, pressão e sons, coletados por dispositivos de rastreamento em animais.
Essa abordagem visa entender não apenas a comunicação vocal, mas também os gestos e movimentos que compõem a linguagem animal.
A proposta ambiciosa do ESP para decodificar a comunicação animal quer mudar a forma como percebemos e interagimos com o reino animal.
À medida que a IA avança, o sonho de conversar com baleias e outras espécies parece mais tangível do que nunca, abrindo portas para uma compreensão mais profunda e uma coexistência mais harmoniosa entre humanos e animais.