Baleias pedem ajuda a humanos para remover “parasitas” no México; veja
As baleias aprenderam a pedir ajuda para humanos para remover “parasitas” — como piolhos de baleia — de seus corpos. Um vídeo gravado na lagoa Ojo de Liebre, no México, mostrou o capitão de barco Paco Jimenez Franco, observador de baleias, arrancando “piolhos” de uma baleia-cinzenta.
Em entrevista ao site norte-americano The Dodo, ele contou que fez isso “repetidamente com a mesma baleia e outras”. “Assim que retirei o primeiro, ela se aproximou novamente para que eu pudesse continuar”, disse ele, explicando que a mesma baleia se aproximou repetidamente para receber ajuda. “É muito emocionante para mim”, completou.
Assista ao vídeo abaixo:
https://www.facebook.com/jerome.evangelio.984/videos/758754052387013/?ref=embed_video&t=0
Piolhos e baleias vivem em simbiose
Apesar de serem chamados vulgarmente de piolho-de-baleia, eles são, na verdade, crustáceos que vivem na pele de cetáceos como as baleias. Segundo o biólogo marinho holandês Jeroen Hoekendijk, a relação entre os animais é de simbiose, ou seja, ambas as espécies se ajudam. Isso porque os piolhos se alimentam da pele descamada das baleias — e os cetáceos ficam, graças à limpeza, mais leves.
Contudo, a sensibilidade da pele desses grandes mamíferos pode tornar o processo desconfortável, o que parece resultar em outra relação simbiótica, mas com humanos.
“Quando eu estava lá com as baleias cinzentas, também tinha esses piolhos-de-baleia pulando em minhas mãos, e você pode sentir um pouco, como uma picada de agulha, mais ou menos. E posso imaginar que se isso for em torno da pele sensível de uma baleia ao redor dos olhos ou dos lábios da boca, pode ser irritante”, disse à Reuters.
Ao The Guardian, o zoólogo britânico Mark Carwardine disse que nunca tinha visto um comportamento semelhante antes. Entretanto, não é possível afirmar que a atitude represente um novo padrão entre as baleias, conhecidas pelos baleeiros da Baixa Califórnia como “peixes-diabo” pela ferocidade durante o período de caça no século 20.
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