Ciência

Guitarrista do Queen ajuda NASA a revelar imagens em 3D do asteroide Bennu

Brian May é astrofísico e ajudou a agência espacial a transformar fotos em duas dimensões em imagens em 3D do asteroide Bennu
Imagem: NASA/ Reprodução

Criar imagens estereoscópicas (em 3D) do asteroide Bennu não fazia parte do objetivo da missão OSIRIS-REx, da NASA. Contudo, a agência espacial dos Estados Unidos convidou os cientistas Claudia Manzoni e Brian May para que isso acontecesse.

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E se você está se perguntando se este Brian May é o famoso guitarrista da banda de rock Queen, está certo. Além de músico, ele também é astrofísico e contou sobre a experiência no site da NASA.

“Estou orgulhoso por ter sido adotado como colaborador na equipe OSIRIS-REx, juntamente com minha colega Claudia Manzoni”, disse May. “Nossa paixão é produzir imagens estereoscópicas (3D) a partir dos dados incríveis que a missão OSIRIS-REx tem coletado”, comentou.

Agora, a agência espacial revelou o resultado do trabalho: um par de imagens estereoscópicas que oferece uma visão tridimensional do Benben Saxum. Esta é a grande rocha de 52 metros de altura, que se destaca no hemisfério sul do asteroide Bennu.

Entenda o processo

Em geral, as imagens estereoscópicas são aquelas em três dimensões, feitas a partir da reprodução artificial de fotos na visão binocular natural, ou seja, em 2D. 

Para isso, os cientistas utilizaram imagens recortadas e processadas que foram obtidas em dezembro de 2018 pela câmera da espaçonave, durante sua aproximação final em direção ao asteroide

“Procuramos por pares de imagens da superfície de Bennu tiradas de pontos de vista com alguma distância entre eles”, disse May. De acordo com os cientistas, essa separação de pontos de vista é conhecida como “linha de base” e precisa ser exata.

Apenas dessa forma ela  proporciona a sensação de profundidade e realidade quando as imagens são visualizadas estereoscopicamente. Isso porque essa visualização requer que as imagens à esquerda e à direita sejam entregues separadamente a cada olho. É assim que os humanos veem na “vida real”. 

“Quando isso é feito, as pequenas diferenças entre os componentes do par estereoscópico, conhecidas como diferenças de paralaxe, dão ao nosso cérebro a oportunidade de perceber instantaneamente a profundidade e solidez na imagem”, explicou o guitarrista do Queen e astrofísico.

Ainda assim, é possível visualizar as imagens sem um estereoscópio. Basta relaxar o eixo dos olhos, como se estivesse olhando através da tela até o infinito. Uma versão da imagem adequada para visualização sem um estereoscópio pode ser encontrada aqui.

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Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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