Ciência

Hubble detecta galáxia escondida atrás de nebulosa escura

Imagem capturada pelo telescópio Hubble mostra galáxia espiral localizada a 100 milhões de anos-luz da Terra
Imagem: ESA/Reprodução

Uma nova imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble revela uma galáxia escondida atrás de uma nebulosa escura. A galáxia espiral IC 4633, localizada a 100 milhões de anos-luz da Terra, está localizada na pequena constelação de Apus (também chamada de “Ave do Paraíso”), visível no hemisfério Sul.

Segundo a ESA (Agência Espacial Europeia) do nosso ponto de vista, a galáxia está inclinada na nossa direção. Assim, ela dá oportunidade aos astrônomos de ter uma boa visão das suas bilhões de estrelas. No entanto, não podemos apreciar totalmente as características desta galáxia — pelo menos na luz visível. Isso porque ela está parcialmente escondida por uma camada de poeira escura.

Felizmente, o Hubble conseguiu captar a galáxia através de suas câmeras em infravermelho — que conseguem ver através da camada de poeira. A imagem colorida foi feita a partir de exposições separadas tiradas nas regiões visíveis e infravermelhas e depois unidas na foto abaixo:

Esta imagem do Hubble mostra a galáxia espiral IC 4633. Imagem: ESA e NASA/Reprodução

A nebulosa escura faz parte da região de formação estelar Chamaeleon, localizada a apenas cerca de 500 anos-luz de nós, numa parte próxima da nossa galáxia, a Via Láctea. Um pouco desta nuvem pode ser vista no canto inferior direito da imagem.

“As nuvens escuras na região do Chamaeleon ocupam uma grande área do céu meridional, cobrindo a constelação homônima, mas também invadindo constelações próximas, como Apus”, explica a ESA em um comunicado.

Sobre o telescópio Hubble

Em operação há 34 anos, o telescópio espacial Hubble é hoje um dos instrumentos mais longevos e produtivos da NASA. Ele realizou mais de 1,5 milhão de observações astronômicas de cerca de 50 mil objetos celestes.

Desde 1990, o telescópio espacial ajudou astrônomos a, por exemplo, calcular a idade do Universo com mais precisão, teve uma participação fundamental na descoberta da matéria escura, e permitiu estudar a formação e evolução das galáxias.

Além disso, nesse meio tempo, captou imagens que, até então, não eram possíveis com observatórios em terra. Hubble funciona na órbita baixa da Terra, a cerca de 539 quilômetros acima da superfície do planeta.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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