A última leva de imagens do telescópio Hubble é pura pornografia espacial

O espaço é impressionantemente vasto e é praticamente impossível para nossos limitados cérebros compreenderem tal grandeza. Usando o telescópio espacial Hubble, uma equipe internacional de astrônomos completou uma pesquisa exaustiva de formação de galáxias em nosso Universo. O catálogo resultante não ajuda a entender ainda a grandeza do universo, mas pelo menos você pode aproveitar […]

O espaço é impressionantemente vasto e é praticamente impossível para nossos limitados cérebros compreenderem tal grandeza. Usando o telescópio espacial Hubble, uma equipe internacional de astrônomos completou uma pesquisa exaustiva de formação de galáxias em nosso Universo. O catálogo resultante não ajuda a entender ainda a grandeza do universo, mas pelo menos você pode aproveitar essas belas imagens.

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Os astrônomos estão obsessivos com a formação de estrelas e por uma boa razão. Saber mais sobre esses ambientes no qual as estrelas se formam, e como nuvens moleculares de poeira e gás interestelar se solidificam para produzir bolas brilhantes de plasma quente. Isso tudo pode ajudar os cientistas a entenderem melhor as galáxias, incluindo como elas são formadas e evoluem com o passar do tempo.

Para ajudar nessa tarefa, uma equipe internacional de astrônomos lançou a Legacy ExtraGalactic UV Survey, ou LEGUS. Ao aproveitar a habilidade do telescópio espacial Hubble para detectar tanto luz visível como ultravioleta, a equipe LEGUS conseguiu capturar detalhes extraordinários de imagens de nosso universo local. No período de um ano, os astrônomos utilizaram a Wide Field Camera 3 do Hubble e sua câmera avançada para pesquisas para capturar os melhores detalhes, incluindo clusters de estrela, braços espirais e estrelas individuais. Esse levantamento agora é considerado o mais completo de pesquisa em luz ultravioleta já feito com galáxias próximas.

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Na verdade, é difícil dizer ao certo o que esses astrônomos atingiram. A equipe LEGUS escaneou 50 galáxias locais com distâncias entre 11 milhões e 58 milhões de anos-luz da Terra. Ao combinar essas novas observações do Hubble com dados arquivos do Hubble, além de sobrepor imagens captadas em luz visível e ultravioleta, os pesquisadores obtiveram notável clareza observacional.
“Nunca houve um catálogo de clusters de estrela e um catálogo de estrelas que incluem observação em ultravioleta”, disse Daniela Calzetti, líder da equipe da Universidade de Massachussets em Amherst, em um comunicado. “Luz ultravioleta é um dos principais marcadores de populações de estrelas mais jovens e quentes, que os astrônomos precisam para estabelecer a idade das estrelas e ter um histórico estelar completo.”

Cinquenta galáxias foram selecionadas para a pesquisa entre 500 possíveis candidatas, e elas foram encontradas de acordo com a massa, taxa de formação de estrelas e uma abundância de elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio. Uma atenção especial foi dada para regiões com formação estelar em espiral e galáxias anãs. Olhando essas imagens, os pesquisadores poderiam discernir tais recursos como clusters de estrela e estrelas individuais.

O catálogo resultante contém cerca de 8.000 de clusters, com idades que variam entre 1 milhão a 500 milhões de anos. Um total de 30 milhões de estrelas foram catalogadas; boa parte delas eram pelo menos cinco vezes maior que nosso Sol. Essas estrelas estão entre 1 milhão e vários bilhões de anos, e as mais jovens brilham em luz ultravioleta.

O novo catálogo vai fornecer informações detalhadas para astrônomos sobre estrelas jovens e gigantes, além de clusters de estrela, e como o ambiente delas influenciam o desenvolvimento delas.

“Ao ver essas galáxias com detalhes — os clusters de estrela — e também mostrar a conexão com estruturas maiores, nós estamos tentando identificar os parâmetros físicos fundamentais de populações de estrelas dentro de galáxias”, disse Calzetti. “Obter o elo final entre gás e formação de estrelas é a chave para entender a evolução das galáxias.”

As imagens produzidas pela equipe LEGUS são brilhantes, e é difícil de imaginar o que conseguiremos ver quando o telescópio James Webb começar a operar. O futuro da astronomia parece excepcionalmente brilhante.

E para aqueles que querem ver essas imagens num tamanho grande o suficiente para usar como papel de parede, você tem sorte. Você pode baixar as imagens aqui em alta resolução.

[Hubble]

Imagem do topo: uma seção da galáxia espiral Messier 106. Crédito: NASA, ESA e equipe Legus

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