Indiciado por 8 crimes, CEO da FTX pode pegar até 115 anos de prisão

Quebra da empresa é considerada uma das maiores da história no setor de criptoativos
CEO da FTX
Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

Nesta semana, os noticiários foram tomados pela informação da prisão de Samuel Bankman-Fried, CEO da FTX, considerada uma das três principais corretoras de criptomoedas do planeta. Sam foi de jovem gênio dos investimentos e líder de um império de ativos digitais a acusado de ser o mentor de um dos maiores esquemas de fraude da história.

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Bankman-Fried, foi preso na última segunda-feira (12) nas Bahamas, local onde ficava localizada a sede da empresa. O empresário é alvo de oito acusações criminais e, se condenado por todas elas, pode ser condenado a até 115 anos de prisão.

Com uma ascensão meteórica no mundo das criptomoedas, Bankman-Fried, embora tenha 30 anos de idade, passava a imagem de adolescente, despreocupado e era frequentemente visto com cabelos desarrumados, “roupas confortáveis” e tirando cochilos no chão do escritório da empresa fundada em 2019 e que, três anos depois, já contava com mais de um milhão de clientes.

A companhia funcionava como uma corretora de investimentos tradicional, onde os clientes podem investir em ativos digitais através da empresa. Um dos principais diferenciais da FTX eram as taxas bem menores que outros concorrentes, fator responsável por atrair investidores de países de todo o planeta.

Queda da FTX

A empresa, que em janeiro deste ano era avaliada em aproximadamente US$ 32 bilhões, declarou falência após uma reportagem de um veículo especializado na cobertura de cripto apontar algumas possíveis irregularidades envolvendo FTX e outra empresa que também era propriedade do CEO.

Em poucos dias, o clima de incerteza gerado pela revelação dos problemas, resultou em saques em massa, que foram completamente bloqueados. Muitos clientes perderam dinheiro repentinamente com a quebra da empresa, a movimentação já é considerada uma das maiores quedas do setor de criptomoedas.

As investigações revelaram que a FTX enviava dinheiro dos investidores para a Alameda Research, outra empresa de Bankman-Fried, para fazer investimentos de alto risco. Além disso, os fundos eram desviados para pagamento de despesas pessoais, compra imóveis e doações para campanhas eleitorais, tudo isso sem o conhecimento dos clientes.

Vida pessoal

Conforme mais informações a respeito do caso foram surgindo, alguns detalhes da vida pessoal de Sam se tornaram mais conhecidos, o que contribuiu para reforçar ainda mais sua imagem de excentricidade. De acordo com a imprensa americana, Sam era adepto do poliamor e, juntamente com sua namorada Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda, e membros da alta cúpula da empresa mantinha um relacionamento romântico conjunto.

O jornal britânico The Guardian, afirmou que ao menos dez pessoas ligadas à alta administração da FTX e que compartilhavam uma cobertura nas Bahamas, faziam parte de uma “polícula”: uma rede de relacionamentos interconectados. Ellison, já havia compartilhado sua experiência com o poliamor em um post no Tumblr em 2020, mas só agora, com a queda da empresa, mais detalhes se tornaram públicos.

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Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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