Com vídeos de até 15 segundos, Instagram abre caminho para mais propaganda

O Instagram seguiu vários caminhos para superar o Vine no compartilhamento de vídeos: ele permite editar vídeos, aplicar filtros, acessar seu perfil na web, e ainda integra toda essa experiência no app para iOS e Android que você já conhece. Mas por que os vídeos podem ter até 15 segundos, em vez de seis como […]

O Instagram seguiu vários caminhos para superar o Vine no compartilhamento de vídeos: ele permite editar vídeos, aplicar filtros, acessar seu perfil na web, e ainda integra toda essa experiência no app para iOS e Android que você já conhece.

Mas por que os vídeos podem ter até 15 segundos, em vez de seis como no Vine? Christopher Mims, do Quartz, tem uma boa teoria: esta é a mesma duração de um comercial para TV:

Um Instagram com vídeos de 15 segundos é o ponto ideal para o Facebook: é móvel, é vídeo, e significa que os anunciantes podem colocar seus spots curtos de televisão até mesmo sem modificá-los.

E já existem propagandas em vídeo no Instagram: Burberry (moda de luxo), Lululemon (roupas de yoga e ginástica) e Charity Water (ONG) postaram seus anúncios pouco depois que a função foi revelada ao mundo.

Por enquanto, elas só aparecem no feed de quem segue as marcas, mas você já deve imaginar que este é só o começo: assim como no Facebook e Tumblr, deve ser questão de tempo até que vídeos patrocinados comecem a aparecer no feed de todos. O Instagram custou US$ 1 bilhão ao Facebook; eles precisam recuperar o dinheiro de alguma forma.

Na verdade, o próprio Facebook está preparando anúncios em vídeo, e adivinhe qual será sua duração? Isso mesmo, 15 segundos. Antes previsto para o primeiro trimestre, o lançamento foi adiado, mas deve ocorrer ainda este ano.

O Facebook está revendo a forma como coloca propagandas na rede social. Ainda este mês, eles vão acabar com metade dos 27 tipos de anúncios que existem hoje.

Isto significa o fim do desastroso Histórias Patrocinadas: quando um amigo curte uma página, você vê um post dessa página no seu feed de notícias. Isso fez brasileiros reclamarem quando viam posts de Luciano Huck ou Marcelo Tas nos seus feeds, mesmo que eles não tivessem curtido nenhum dos dois. Essa propaganda levava até a gafes: ela faz parecer que você curtiu uma promoção de lubrificante íntimo; ou ela mostra no seu feed uma página que pessoas mortas curtiram.

Isso irrita os usuários, então é bom ver que o Facebook vai deixar as Histórias Patrocinadas de lado. Mas será que os vídeos não seriam um problema também? Talvez não. Aparentemente, eles funcionam assim: o vídeo começa a tocar sozinho no seu feed, porém sem som. Quando você clica nele, ele volta ao início e ativa o som.

E as propagandas em vídeo podem render mais dinheiro ao Facebook. A rede cobrará até US$2,4 milhões por um vídeo exibido a todos os usuários nos EUA, e até US$1 milhão para um público mais segmentado, segundo o AdAge. As propagandas em vídeo devem estrear em outubro.

No Instagram, por outro lado, os anúncios já chegaram. E não era sem tempo: segundo o Wall Street Journal, o concorrente Vine já é usado por mais de 50.000 marcas. Torcemos que a experiência dos usuários não seja prejudicada; mas, como dissemos antes, as propagandas em uma rede social gratuita são inevitáveis – afinal, alguém precisa pagar a conta.

[QuartzThe VergeAdAgeValleywag]

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