Internet avança e 91,5% das casas brasileiras já estão conectadas

Nove em cada dez pessoas acessaram a internet pelo celular em 2022, indica a PNAD Contínua TIC divulgada pelo IBGE. Confira mais detalhes
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Imagem: Unsplash/Divulgação

O Brasil está cada vez mais conectado. Nove em cada dez domicílios já acessaram a internet, de acordo com a nova edição da PNAD Contínua TIC divulgada no dia 9/11. Ao todo, mais de 160 milhões de brasileiros já utilizaram a internet.

As informações partem do módulo Tecnologia da Informação e Comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o estudo, a população e o governo têm acesso a um retrato da penetração da internet e da televisão no país.

A amostragem de 2022 destaca um grande avanço no número de conexões. Atualmente, o uso da internet já alcançou 91,5% dos domicílios – ou seja, 68.948 residências.

“Temos avançado bastante na cobertura em todo o país, chegando a mais de 90% dos domicílios brasileiros com internet banda larga”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. “O grande desafio atualmente, como indica a pesquisa, é o letramento digital.”

Brasília vista de cima (Imagem: Agência Senado/Flickr)

Brasília puxa acesso à internet no Centro-Oeste (Imagem: Agência Senado/Flickr)

Centro-Oeste sai na frente

O Centro-Oeste concentra o maior percentual de acesso à internet do país. A pesquisa do IBGE indica que 94,5% dos domicílios da região utilizam a rede. A área, vale lembrar, abriga os estados de Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS) e o Distrito Federal (DF).

A região Sudeste vem na sequência, quase empatada com o Sul. Confira o percentual dos domicílios que utilizaram a internet em 2022 por região:

  1. Centro-Oeste: 94,5%;
  2. Sudeste: 93,4%;
  3. Sul: 93%;
  4. Norte: 88,2%
  5. Nordeste: 87,8%.

O Ministério das Comunicações destacou que o acesso rural atingiu 72,7%. “A redução da disparidade reflete o avanço tecnológico nas regiões mais remotas”, afirmaram. Especialmente com a estreia de provedores via satélite, como é o caso da Starlink que se tornou onipresente na Amazônia Legal.

Mesmo assim, 6,4 milhões de domicílios ainda não contam com o acesso à internet. A pasta destaca que 32,1% das pessoas não utilizam a rede por falta de conhecimento, enquanto 28,8% justificam a dificuldade devido ao custo do serviço. Além disso, 25,6% indicam a falta de necessidade.

Celular puxa a maior parte dos acessos à internet do Brasil (Imagem: Reprodução/Unsplash)

Celular puxa a maior parte dos acessos à internet do Brasil (Imagem: Reprodução/Unsplash)

Nove em cada dez pessoas acessam a internet pelo celular

Ao todo, 86,3% dos brasileiros com 10 anos ou mais utilizaram a internet em 2022 – ou seja, 161,2 milhões de pessoas. Contudo, o uso da rede global é maior através do celular: 98,9% dos entrevistados pela pesquisa acessam redes sociais, e-mail, portais de notícias, jogos, sites e afins pelo telefone.

O estudo indica que o smartphone é o principal dispositivo para o uso da rede no Brasil. Além de ter preços mais acessíveis do que um computador, no geral, não é preciso contratar um plano de banda larga fixa para acessar à internet pelo smartphone. Estes fatores ajudam a reduzir custos e oferecem mais flexibilidade.

Esta percepção fica mais evidente ao considerar que, segundo o IBGE, quatro em cada dez brasileiros utilizaram apenas o celular para acessar a rede. Enquanto isso, somente 35,5% da população utilizou a internet através de um computador.

O cenário torna-se mais delicado ao considerar as faixas de renda mensal dos domicílios, indicando um fator de desigualdade. O estudo aponta que o rendimento médio das pessoas com computador em casa era de R$ 2.695. Enquanto isso, entre as residências sem computador e tablet, o rendimento médio era de R$ 995.

“Em 2022, 92,2% dos estudantes afirmaram utilizar a Internet, mas há discrepâncias entre redes pública e privada”, apontou o Ministério das Comunicações. “Enquanto 75% dos estudantes da rede privada acessavam a Internet pelo microcomputador, esse percentual foi de apenas 31,2% entre os estudantes da rede pública.”

Bruno De Blasi

Bruno De Blasi

Jornalista especializado em tecnologia e carioca da gema. Já passou pelas redações do iHelp BR, Olhar Digital, Tecnoblog e TechTudo. É fã de música, cultura nerd e cinema. Nas horas vagas, está lendo, programando ou tocando baixo.

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