Jogo “Simulador de Escravidão” causa revolta e é retirado do ar pelo Google

O Google retirou de sua loja de aplicativos o jogo “Simulador de Escravidão” na tarde desta quarta-feira (24). O app simula a experiência de ser um proprietário de escravos, permitindo agredir ou torturar pessoas escravizadas.

• Racismo contra Vini Jr. na Espanha vira TT mundial do Twitter; ele fica ou sai do Real Madrid?
• Consciência Negra: estudo traz dados alarmantes do racismo no mundo gamer
• O que é trabalho análogo à escravidão? Lei Áurea completa 135 anos

No jogo, é possível escolher entre as modalidades “tirana”, para lucrar impedindo fugas e rebeliões, ou “libertadora”, para lutar pela liberdade e pela abolição. A descrição diz:

“Neste simulador de escravidão, existem 3 tipos de escravos: trabalhadores, gladiadores e escravos de prazer. Compre e venda-os. Cada escravo é adequado para um determinado negócio. Treine seus escravos para aumentar seu nível de maestria e renda.”

O game da Magnus Games, do ucraniano Andrej Kardashov, estava disponível desde 20 de abril, com classificação indicativa livre e pouco mais de mil downloads. A capa mostra homens negros trabalhando ao lado de um “senhor” branco. A Magnus afirmou que o jogo tem “fins de entretenimento” e que condena a escravidão “no mundo real”.

Repercussão do jogo “Simulador de Escravidão”

As avaliações, cerca de 70, reúnem diversos comentários de cunho racista. Um usuário escreveu: “Muito bom mesmo, retrata bem o que eu gostaria de fazer na vida real”. Já outro avaliou o app com nota máxima e sugeriu mais violência.