Este novo ano trará a segunda fase da missão Artemis, da NASA, e o lançamento de uma nave que desbravará as luas de Júpiter. Outros dois asteroides entrarão de vez no radar: Psyque e Bennu. No primeiro, a NASA envia um foguete para explorar o corpo celeste rico em ferro. Já Bennu pode trazer informações relevantes sobre os primórdios do sistema solar após o envio de uma cápsula que volta à Terra após anos no espaço.
Além disso, também a corrida pelo turismo espacial deve ganhar corpo. A seguir, acompanhe o calendário das missões espaciais mais legais para acompanhar em 2023.
Mais missão Artemis
Enquanto a missão Artemis I desbrava a Lua, a NASA trabalha nos estágios seguintes da operação. Em setembro de 2023, o estágio Artemis II deve decolar do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida.
Mas essa, é claro, é só uma estimativa: a própria Artemis I tinha a previsão de lançamento para o final de agosto, e precisou passar por diversos adiamentos até o aval final da agência espacial dos EUA.
O motor para o estágio principal da missão Artemis III será transferido para o local em dezembro do próximo ano para, em 2024, a NASA enviar a primeira missão tripulada em um sobrevoo lunar.
Partiu Júpiter
Em abril, a ESA (Agência Espacial Europeia) vai lançar a Jupiter Icy Moons Explorer, uma espaçonave com a missão de investigar as três maiores luas de Júpiter – Ganimedes, Calisto e Europa – a partir de 2031.
A embarcação decolará em um foguete Ariane 5 da base da ESA na Guiana Francesa. A expectativa é que a missão encontre uma quantidade significativa de água nas camadas de gelo das luas jupiterianas.
Além de mapear esses corpos celestes em alta resolução, a missão também espera conhecer o que existe em suas superfícies. Será que há mesmo traços de vida por lá?
NASA vai a Psyche
A partir de junho, a NASA decola para explorar o asteroide rico em ferro 16 Psyche. A expectativa é que o corpo celeste seja um remanescente de um protoplaneta dos primórdios do sistema solar.
Cientistas planejam estudar a composição, distribuição da massa e campo magnético do asteroide para, no fim, saber mais sobre a formação da Via Láctea.
De volta à Terra depois de Bennu
A NASA também volta à Terra em setembro de 2023 depois de coletar amostras do asteroide Bennu. A nave Osiris-rex lançará uma cápsula até a base da força aérea dos EUA em Utah. Depois, segue até sua próxima missão até encontrar o Apophis, asteroide próximo à Terra, em 2029.
O asteroide de quase 545 metros de diâmetro é conhecido como “asteroide do apocalipse”. O motivo: tem uma chance de colidir com a Terra. Mas calma, a probabilidade é bem pequena. A estimativa é que Bennu se aproxime em 2135 – e não deve chegar tão perto a ponto de representar uma ameaça ao planeta.
Índia vai à Lua
2023 também deve ter um avanço expressivo de países asiáticos no espaço. A China deve consolidar sua Estação Espacial e a Índia planeja lançar sua próxima missão à Lua, chamada Chandrayaan 3, no início do próximo ano.
A missão é a segunda tentativa indiana depois do fracasso da Chandrayaan 2, de 2019, quando a nave fez um breve pouso no satélite da Terra. Agora, a nova sonda terá um módulo de pouso e um rover para explorar a superfície lunar.
Turismo espacial continua
A corrida do turismo espacial continua em 2023. Logo no começo do ano, a SpaceX espera enviar o bilionário japonês Yusaku Maezawa em um sobrevoo ao redor da Lua no foguete Starship.
O veículo tem um objetivo ambicioso: reduzir os custos das viagens espaciais. Quando isso acontecer, Yusaku deve levar outros oito passageiros para o passeio.
Concorrente da SpaceX
Em 2023, o foguete Falcon 9 da Space X pode se deparar com um concorrente à altura: o Ariane 6. A nave da empresa europeia Arianespace deve substituir naves da ESA no futuro. O diferencial: tem como meta reduzir o custo de cada voo pela metade.
Nova espaçonave da ESA
A ESA deve lançar no ano que vem o novo avião espacial Space Rider. A estrutura deve se tornar um laboratório robótico reutilizável e não tripulado de baixo custo para levar empresas em pesquisas ou testes em micro-gravidade.
O veículo tem capacidade para realizar viagens de poucos meses até a órbita baixa da Terra. Depois de concluídas, as missões retornam à Terra e pousam em uma pista. A espaçonave, então, passa por reformas até ficar pronta para outro voo.