Koo vai fechar: rival indiano do X anuncia fim da rede social
Nesta quarta-feira (3), a rede social indiana Koo anunciou o fim de suas atividades. A decisão veio após o fracasso das negociações de sua aquisição pela startup Dailyhunt, que tiveram início em fevereiro deste ano. Porém, as empresas não chegaram a um acordo.
Em nota publicada no LinkedIn, Aprameya Radhakrishna e Mayank Bidawatka, cofundadores da Koo, disseram que tentaram explorar parcerias com grandes empresas e conglomerados de mídia para manter a rede social no ar. Isso porque manter os serviços em funcionamento por si só custaria caro.
No entanto, segundo eles “a maioria deles não queria lidar com conteúdo gerado pelo usuário e com a natureza selvagem de uma empresa de mídia social”. Por essa razão, os fundadores optaram por encerrar o aplicativo.
Em um texto de despedida na página oficial da plataforma, o Koo se denominou “o único concorrente real do Twitter”. “Obteve mais de 60 milhões de downloads, mais de 8.000 contas VIP, centenas de contas de editores e milhões de horas foram gastas” nele, conforme o anúncio.
Relembre o surgimento do Koo
O Koo começou em 2020, mas se popularizou na Índia em 2021, em um período de tensão entre o X/Twitter e o governo do país. Inicialmente, a plataforma tinha o apoio da Tiger Global, uma grande empresa de investimentos dos Estados Unidos.
Já no Brasil, a rede social ganhou popularidade em novembro do ano seguinte. Isso após instabilidades que levaram a rumores de que a rede social recém-comprada pelo bilionário Elon Musk, dono da Tesla e da SpaceX, chegaria ao fim.
Na época, a plataforma gerou um “festival de memes” com seu nome sugestivo – que se refere ao canto de um pássaro, o que a ajudou a alavancar em solo brasileiro.
Em questão de dias, o Koo reuniu mais de 500 famosos brasileiros, incluindo Ronaldinho Gaúcho e Claudia Leitte, por exemplo. O influenciador Felipe Neto chegou a acumular 650 mil seguidores após cinco dias da criação de seu perfil.