Lei britânica permite que cães e gatos sejam geneticamente modificados
O governo do Reino Unido aprovou uma nova legislação que permite a edição genética de plantas e animais vertebrados, incluindo cães e gatos. A medida foi vista com preocupação pela RSPCA (Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals), já que pode representar um risco à saúde dos pets.
Antes de continuar, é importante entender a chamada Lei de Tecnologia Genética. Ela permite que os agricultores cultivem safras resistentes à seca e a doenças, além da criação de plantas com menor necessidade de fertilizantes e pesticidas.
Quanto aos animais, os criadores poderiam modificar geneticamente galinhas ou o gado para que eles não desenvolvessem determinadas doenças. Assim, os fabricantes teriam menos perdas e os consumidores poderiam acessar alimentos mais seguros.
Mas a lei não se restringe aos animais de fazenda. Dessa forma, criadores de cães e gatos também poderiam modificar geneticamente os animais para que eles tivessem determinadas características físicas, agradando um seleto grupo de compradores.
A RSPCA alerta que não houve consulta pública sobre edição de genes que não fosse voltada a animais de fazenda. A organização tentou fazer com que o governo incluísse uma isenção para animais de estimação, mas as autoridades não concederam o pedido.
Segundo a RSPCA, os procedimentos ligados a edição genética podem causar “dor, sofrimento, angústia e danos duradouros”. A instituição defende que a medida é um grande retrocesso e não deveria incluir nenhum tipo de animal, seja ele da fazenda, selvagem ou de estimação.