O Lenovo Yoga Book C930 vem com uma tela E-ink no lugar do teclado físico
Você bem que quis amar o primeiro Yoga Book, da Lenovo. Ele tinha uma bela tela, e seu teclado tinha também uma plataforma para o uso de caneta stylus, o que, além de ser legal, também permitia que ele fosse um dos notebooks mais finos disponíveis, com 9,6 milímetros. Além disso, ele custava US$ 500. Mas o primeiro Yoga Book era profundamente falho e não era uma boa compra para ninguém além de nerds de gadgets com dinheiro sobrando. O novo Yoga Book C930, com uma segunda tela E-ink, é tão legal que é capaz de você se encontrar torcendo por ele, apesar de seu preço de US$ 1.000.
• Estes são todos os smartphones interessantes anunciados na IFA 2018
• Veja mais da IFA 2018
Existe uma ampla gama de excelentes notebooks por US$ 1.ooo. Notebooks que são mais potentes e que fazem muito mais do que esse carinha aqui. Mas faz tempo que não vejo um dispositivo com peculiaridades tão legais quanto o Lenovo Yoga Book C930.
Como, por exemplo, a maneira como você abre o computador. O primeiro Yoga Book era superfino, mas meio que um saco para abrir justamente por ser fino demais. Você sempre tinha que usar as duas mãos — o que é uma chatice se você o tivesse em sua mesa e estivesse tentando usá-lo como um laptop. Já o novo Yoga Book tem um recurso de toc-toc. Basta bater duas vezes em cima dele que ele abre.
Um só toque também funciona. GIF: Alex Cranz; Andrew Liszewski (Gizmodo)
Quando você abre o dispositivo, se depara com uma tela muito atraente de 10,8 polegadas que a Lenovo descreve como uma tela retina, devido à sua resolução de 2560 x 1600. É uma tela bonita que tem exatamente o tipo de qualidade que se espera de um dispositivo de US$ 1.000.
O teclado touchscreen, por outro lado, desafia as expectativas de notebooks de US$ 1.000, especialmente os da Lenovo. A Lenovo geralmente possui teclados muito bons em seus laptops. Do tipo que lhe dá uma sensação visceral de prazer enquanto você digita. Mas o novo Yoga Book, assim como o antigo, espera que você digite em uma superfície completamente plana, desta vez uma tela E-ink de 10,8 polegadas e 1080p.
Não é um teclado de verdade, e estou curiosa para ver como será digitar nele por mais do que uma simples sessão rápida. Porém, em meu curto tempo com a unidade, me vi lembrando do teclado embutido do iPad — só que com muito menos espaço de tela tomado pelas teclas. Nesta demonstração rápida, foi ok, mas pode ficar bem desconfortável em longas sessões de digitação.
GIF: Sam Rutherford; Andrew Liszewski (Gizmodo)
A Lenovo alega que, por ser E-ink, também será mais fácil personalizar o teclado. No modelo atual, a customização se limita à mudança de linguagem do teclado, mas pessoas criativas poderiam, teoricamente, fazer suas próprias personalizações, se assim quiserem.
Quando o teclado não está no modo de teclado, ele pode ser usado como um bloco para desenhar com a caneta stylus Wacom incluída. Na demonstração que vimos, ela funcionou com o aplicativo Microsoft OneNote para que você pudesse rabiscar anotações na tela E-ink e vê-las aparecer na tela mais colorida acima. Mas ela deve funcionar com aplicativos extras no lançamento, e, se você preferir escrever em vez de digitar anotações, poderá usar a dobradiça de 360 graus e utilizar o visor de tinta eletrônica como um bloco de notas, com anotações armazenadas diretamente no OneNote.
Eu não fiz isso. GIF: Sam Rutherford; Andrew Liszewski (Gizmodo)
Se fazer anotações com um teclado ou uma caneta não for atrativo para você, há o terceiro uso da tela E-ink, um com o qual todos estamos acostumados: a leitura.
A E-ink funciona como uma segunda tela para consumir PDFs e livros eletrônicos. Com as molduras grandes e seu peso leve, ele não é um péssimo leitor eletrônico — pense em uma versão maior do Kindle DX. Novamente, não sei com que frequência eu leria um livro ou marcaria um PDF nele, mas admito que adoro a opção de ter uma tela E-ink em um laptop com Windows 10.
Eu simplesmente… amo ler? GIF: Sam Rutherford; Andrew Liszewski (Gizmodo)
O Yoga Book C930 vai chegar com processadores da série Y de sétima geração e com, no máximo, 256 GB, especificações bem melhores do que as do primeiro Yoga Book e seu processador Atom muito mais lento. Mas o novo aparelho não será uma máquina de produtividade, a menos que você esteja tentando gravar todas as suas anotações por meio da tela E-ink ou escrever e-mails à mão. Em vez disso, com a tela dupla, suporte a LTE e supostas 10 horas de autonomia de bateria, o novo Yoga Book parece ser o mais luxuoso consumidor de conteúdo disponível. Pense em um iPad que roda Windows 10 em vez de iOS.
O Lenovo Yoga Book C930 deve chegar em outubro deste ano, começando a partir de US$ 1.000 — o que soa como bastante, até você considerar que um iPad Pro de 10,5 polegadas com caneta e case de teclado custa quase o mesmo. Se o iPad não inspira mais sua atração por gadgets bem caros, este novo dispositivo pode ir para o topo da sua lista de desejos.
Imagem do topo: Sam Rutherford (Gizmodo)