Pelo amor de Deus, fique longe de piscinas se você está com indícios de diarreia

O CDC (Center for Disease Control and Prevention), órgão norte-americano para controle e prevenção de doenças, emitiu um alerta importante, dada a proximidade do verão no hemisfério norte: por favor, mantenha o seu traseiro longe de piscinas ou banheiras quentes, se você tiver com indícios (ainda que pequenos) de diarreia. Na última quinta-feira (17), a […]

O CDC (Center for Disease Control and Prevention), órgão norte-americano para controle e prevenção de doenças, emitiu um alerta importante, dada a proximidade do verão no hemisfério norte: por favor, mantenha o seu traseiro longe de piscinas ou banheiras quentes, se você tiver com indícios (ainda que pequenos) de diarreia.

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Na última quinta-feira (17), a entidade liberou um novo relatório detalhando exatamente o que acontece quando você não segue esse conselho. De 2000 a 2014, houve pelo menos 493 surtos de doenças relacionadas à água, espalhadas por 43 estados no Estados Unidos e Porto Rico. Esses transtornos acometeram pelo menos 27.219 pessoas e matou oito pessoas.

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Desses, quase 400 incidentes podem ser atribuídos a uma fonte em específico: 94% delas foram causas por germes. Os três maiores culpados desses problemas foram os parasitas microscópicos Cryptosporidium (ou Crypto para os mais íntimos), Legionella e Pseudomonas, respectivamente. Apenas 6%, ou 22 incidentes, foram causados por contaminação química (por exemplo, excesso de cloro na água).

De 2000 a 2006, o número de casos de Crypto aumentaram em média 25% a cada ano, mas estabilizaram em 2006. Casos anuais de Legionella aumentaram constantemente em uma média de 14% anualmente de 2000 a 2014, e casos de Pseudomonas caíram em um média de 22% anualmente durante o período.

Há certamente outros fatores que contribuíram para esses incidentes, como problemas de cloração, água usada de fontes contaminadas ou poços de irrigação que foram mantidos muito quentes, permitindo que os germes crescessem e sobrevivessem mais. No entanto, a maioria dos casos podem ser atribuídos a pessoas que estavam doentes e decidiram entrar na água, segundo os autores.

“A maioria dos casos de infecção tem relação com pessoas que estavam doentes previamente”, disse Michele C. Hlavsa, da divisão de doenças transmitidas por alimentos, água e doenças ambientais do CDC, ao Gizmodo. “É importante que o público, de modo geral, e as crianças não nadem se elas têm diarreia.”

Isso é especialmente verdadeiro, pois a doença mais comum relacionada a contaminação em piscina — e a que é espalhada por dejetos — é a Crypto, que não é destruída pelo cloro. Responsável por 89% de todos os casos identificados pelos autores, Crypto pode sobreviver até sete dias, mesmo em piscinas bem cuidadas. As bactérias Legionella e Pseudomonas não são tão resistentes a materiais químicos de limpeza, mas podem sobreviver em banheiras quentes e spas que não são limpados de forma apropriada com desinfetantes, fazendo com que um biofilme grosso se acumule nesses locais.

A Crypto causa os problemas padrão de estômago, como a diarreia. A Legionella é responsável por problemas de infecção pulmonar, enquanto a Legionnaire, se inalada, pode causar uma doença semelhante à gripe, causando o que é comumente conhecido como doença de Pontiac (ou febre dos legionários). Por fim, a bactéria Pseudomonas tipicamente irrita a pele, causando o que é conhecido como erupções de banheiras de hidromassagem. Se água contaminada ficar alocada em seu ouvido, pode também causar infecção dolorosa no ouvido externo.

Além da decência comum por parte dos frequentadores de piscina, há outros cuidados a serem tomados para evitar problemas, informa Hlavsa. Por exemplo, nós podemos checar antes a qualidade da piscina pública além de inspecionar regularmente nossas próprias piscinas.

“E, claro, por favor, não engula água enquanto você estiver na piscina”, ressaltou a funcionária do CDC.

[CDC]

Imagem do topo por Pixabay

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