Até as lontras estão sendo infectadas pela Covid-19

A decisão de testar as lontras do aquário veio depois que elas começaram a apresentar sintomas como espirros, tosse e coriza.
Uma lontra asiática com garras pequenas no Jardim Zoológico de Cingapura em 11 de janeiro de 2018. Crédito: Roslan Rahman (Getty Images)

As lontras se juntaram à lista cada vez maior de animais conhecidos como suscetíveis ao coronavírus. Neste fim de semana, funcionários do Aquário da Geórgia, em Atlanta, relataram que várias de suas lontras adoeceram com sintomas respiratórios e testaram positivo para o SARS-CoV-2. Felizmente, espera-se que todas se recuperem sem complicações a longo prazo.

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A decisão de testar as lontras asiáticas de garras pequenas do aquário veio depois que elas começaram a apresentar sintomas como espirros, tosse e coriza. Os veterinários do aquário também solicitaram conselhos aos veterinários estaduais e ao departamento de saúde. Mas, embora as lontras sejam mais velhas e, portanto, tenham maior risco de doenças graves por infecção, elas parecem estar bem. Até o momento, a suspeita é que um trabalhador assintomático tenha transmitido o vírus aos animais.

“Nossas lontras asiáticas com garras pequenas estão sendo monitoradas de perto por veterinários e membros da equipe de cuidados com os animais. Elas apresentaram apenas sintomas leves e esperamos que todas tenham uma recuperação completa”, disse Tonya Clauss, vice-presidente de saúde animal e ambiental do Georgia Aquarium, em um comunicado divulgado no último domingo (18) pelo aquário. “Estamos prestando cuidados de suporte conforme necessário para que elas possam comer, descansar e se recuperar.”

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Este parece ser o primeiro caso conhecido de lontras que contraem o coronavírus, mas não é muito surpreendente que seja possível. Vários outros mamíferos foram infectados pelo contato com humanos, incluindo gorilas, cães, gatos (domésticos e selvagens) e visons. Os visons, em particular, são da mesma família das lontras, um grupo chamado Mustelidae.

Ao contrário de outros animais, porém, os visons parecem ser especialmente vulneráveis à infecção, com o vírus tendo causado surtos em massa e mortes em fazendas. Esses surtos, e o risco de cepas mutantes circulando entre os animais e humanos, levaram países, incluindo a Dinamarca, a eliminar suas populações de visons em fazendas para conter a disseminação do vírus — uma decisão que não correu bem.

As autoridades disseram que as lontras do Aquário da Geórgia não representam risco para as pessoas, pois elas nunca estiveram em contato direto com o público e foram retiradas da exibição pública. Por uma “abundância de cautela”, todos os trabalhadores em contato com as lontras também foram testados, mas o risco de transmissão do vírus é baixo.

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