É muito provável que a maconha que você compra na rua esteja cheia de fezes

Pesquisadores analisaram amostras de maconha compradas nas ruas de Madri, na Espanha, e eles acharam altos níveis de fezes.
Homem fuma um cigarro de maconha
Sean Gallup/Getty Images

Se você precisar de outra razão para que haja a legalização da maconha, um novo estudo mostra por que a maconha vendida ilegalmente nas ruas tem níveis inaceitáveis de fezes.

Cientistas da Universidade Complutense de Madri reuniram 90 amostras de maconha de revendedores das ruas de Madri (Espanha) e, então, testaram os produtos para determinar se else eram “adequados para o consumo humano”.

Os resultados, publicados na última edição do Forensic Science International, mostram que 83% das amostras testadas não eram adequadas, porque havia muita merda nelas.

Especificamente, as amostras tinham vestígios de fungos Aspergillus e da bactéria E.coli. Os pesquisadores consideraram esta maconha cheia de fezes um “problema de saúde pública”.

Após comprar a maconha, a equipe de pesquisadores dividiu o material em dois grupos baseados no formato do pacote em que a droga era vendida — embalagens em formato de bolota e embalagens em formato de bloco. O estudo mostrou que 29,4% das amostras em forma de bloco tinha vestígios de fezes, enquanto 93% das amostras em forma de bolota tinha vestígios de fezes.

Falando ao jornal espanhol El País, um dos pesquisadores do estudo, o farmacologista José Manuel Moreno Pérez, explicou a razão pela qual acredita que as embalagens em formato de bolota são mais propensas a ter mais fezes: os contrabandistas costumam engolir os sacos em forma de bolota, chamados localmente de “bellotas”, depois de viajar do Marrocos para a Espanha. “Quando eles chegam aqui, tomam um laxante e expelem as ‘bellotas’”, disse Pérez. “E então elas são colocadas à venda.”

O estudo menciona que pacientes com câncer estão cada vez mais se medicando com cannabis e que eles podem ter sistemas imunológicos enfraquecidos com o consumo dessa maconha contaminada.

O jornal espanhol adverte que os fumantes podem achar que o processo de acender o baseado ajuda a esterilizar a bactéria, mas Pérez disse ao El País que “você não está respirando apenas a fumaça, mas também as partículas”.

E quando os usuários lidam com maconha com fezes, eles podem ainda pegar mais bactérias em suas mãos.

Embora os pesquisadores tenham testado apenas a maconha da Espanha, o método de deglutição é usado por “mulas” (como são chamados os contrabandistas de drogas) em várias partes do mundo.

[Forensic Science International via BBC]

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