Maior mariposa do mundo, natural da Ásia, aparece pela 1ª vez nos EUA

Mariposa atlas pode chegar ao tamanho de um pássaro, com mais de 30 cm. EUA classificam espécie como "praga"
Maior mariposa do mundo, natural da Ásia, aparece pela 1ª vez nos EUA
Imagem: Bernard Spragg/Flickr/Reprodução

Conteúdo sensível para quem sofre de motefobia – o medo de borboletas e mariposas –: maior espécie do mundo, a mariposa atlas, foi vista pela 1ª vez nos EUA, no final de julho. A descoberta chamou a atenção porque o inseto normalmente vive nas florestas tropicais da Ásia

O nome faz alusão ao titã Atlas, que sustentava os céus na mitologia grega. Não é por acaso: o bicho pode alcançar o tamanho de um pássaro. As fêmeas têm até 30,5 centímetros de envergadura e área corporal de mais de 150 centímetros quadrados. 

O Departamento de Agricultura do Estado de Washington identificou o animal pela primeira vez em 7 de julho. No dia 27, confirmou: é, de fato, uma mariposa atlas adulta. Mas não foi uma boa notícia: os EUA já classificaram a espécie como uma praga em quarentena federal – ou seja, é proibido obter, abrigar, criar ou vender esses animais vivos sem a autorização. 

Isso porque a mariposa atlas pode se tornar uma espécie invasora e representar risco para a agricultura e habitat de espécies nativas dos EUA. 

Como a mariposa foi parar nos EUA? 

A principal hipótese é o tráfico de animais. A mariposa estava com um morador de Seattle que vendia casulos vivos da espécie no eBay. Os insetos vinham da Tailândia. 

“Essa é de longe a explicação mais lógica para encontrar a mariposa adulta”, disse Patrick Tobin, professor de ecologia na Universidade de Washington ao site IFLScience

Não seria a primeira vez que isso acontece. Em 2012, autoridades do Reino Unido encontraram uma grande mariposa atlas na cidade de Ramsbottom, em Manchester. Nesse caso, a suspeita era que o animal tivesse fugido de uma coleção particular. 

Além do tamanho, a mariposa atlas virou “artigo de colecionador” – no tráfico ilegal de animais – por conta de suas particularidades, como o fato de não possuir boca. Ao emergir do casulo, vive da gordura acumulada durante as fases anteriores até que procriam, põem ovos e morrem.

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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