McDonald’s também entra na onda de hambúrguer de proteína vegetal, só que no Canadá

No Canadá, o McDonald's passará a servir com hambúrguer de proteína vegetal da Beyond Meat; sanduíche custará cerca de R$ 20.
Sanduíche PLT, do McDonald's, com hambúguer de proteína vegetal
Planta, Alface e Tomate. Crédito: McDonald's

Depois de ouvirmos falar de experiências do Burger King e até do Bob’s com sanduíches com hambúrguer de proteína vegetal, a última rede de fast food a embarcar nessa é o McDonald’s.

A rede norte-americana anunciou nesta quinta-feira (26) que fará testes em restaurantes de Ontario, no Canadá, com o hambúrguer de proteína vegetal produzido pela Beyond Meat — que, nos EUA, já oferece um substituto de frango para o KFC.

Segundo a rede, os sanduíches P.L.T. (“Plant. Lettuce. Tomato.”, ou “Planta. Alface. Tomate.”) começarão a ser disponibilizados a partir da próxima segunda-feira (30), como parte de um teste que durará 12 semanas. O sanduíche custará 6,49 dólares canadenses (cerca de R$ 20).

“Estamos entusiasmados para ouvir o que os clientes adoram do P.L.T. para ajudar os mercados globais a terem uma compreensão melhor do que é melhor para os consumidores. Este teste permitirá que aprendamos mais sobre as implicações reais de servir o P.L.T., incluindo a demanda de clientes e o impacto nas operações dos restaurantes”, afirma Ann Wahlgren, VP de estratégia global do McDonald’s, em um comunicado à imprensa.

Apesar de ser a primeira iniciativa do tipo do McDonald’s na América do Norte, a rede de fast food já oferece opções do tipo na Europa. Na Alemanha, por exemplo, é vendido o Big Vegan TS, que conta com um hambúrguer de proteína vegetal produzido pela Nestlé. No Brasil, o McDonald’s tem um sanduíche chamado McVeggie, mas ele não tenta imitar carne e vem com um queijo coalho empanado no lugar do hambúrguer.

Como já falamos algumas vezes, o apelo deste tipo de hambúrguer não é só um público vegetariano. Parte dessas iniciativas de criar substitutos para a proteína animal tem relação com a falta de sustentabilidade para se produzir proteína animal — além da pastagem do gado, se consome muita água e tem ainda a emissão de gases geradores do efeito estufa.

Acredita-se que em algum momento a proteína animal possa ser mais escassa, e as opções de proteína vegetal seriam mais acessíveis quando isso acontecer.

Por ora, esses hambúrgueres de proteína vegetal que tentam imitar os carne ainda são caros. No Brasil, por exemplo, o recém lançado Futuro Burger 2.0 custa entre R$ 15 e R$ 20, numa caixa que vem com dois discos — com esse valor, dá para comprar uma caixa com 12 hambúrgueres congelados. No entanto, pode ser uma questão de tempo até baratear — ou quem sabe a pecuária ficar mais eficiente para usar menos recursos naturais, hein?

De qualquer jeito, tudo leva a crer que teremos cada vez mais opções de proteína vegetal por aí. Por mim, tudo bem, ainda mais se forem opções mais saudáveis, o que não é o caso atualmente.

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