México descobre estátua maia sem cabeça em tamanho natural
Arqueólogos do México encontraram uma estátua maia impressionante: feita de calcário, ela mede 1,65 metro de altura e parece ter sido decapitada. A estrutura ganhou o apelido de “Yum keeb”, o deus maia do falo e da fertilidade.
Segundo os especialistas, ela é de uma figura humana e retrata um prisioneiro de guerra capturado em conflito. O mais provável é que tenha sido usado como oferenda aos deuses.
Trabalhadores que escavavam uma ferrovia intermunicipal descobriram o ícone na sexta-feira (9), quando a obra passou pela cidade maia de Oxkintok, no extremo noroeste da Península de Yucatán.
Ao encontrar o artefato, os operários chamaram os arqueólogos do Inah (Instituto Nacional de Antropologia e História), que logo identificaram que se tratava de uma estátua histórica. A representação estava deitada de costas perto de uma escada repleta de hieróglifos, que estão sendo limpos e restaurados.
Segundo os pesquisadores, apenas prisioneiros de guerra com alto status eram sacrificados em oferendas aos deuses. Essas cerimônias serviam para legitimar governantes ou intimidar rivais. Prisioneiros de menor importância viravam escravos.
Símbolo de força
Na cultura maia, era comum haver guerras entre cidades, especialmente por disputas de controle e influência política ou aumento de territórios e recursos. Nisso, Oxkintok era notável: a cidade foi um importante centro entre o século 6 a.C. e 950 d.C.
Lá, os maias construíram grandes pirâmides e decoravam as ruas com diversos ícones e hieróglifos cheios de detalhes. A riqueza e força dos maias na região eleva o grau de mistério sobre o desaparecimento de humanos na região.
Os moradores de Oxkintok teriam abandonado a cidade por volta de 1.500 d.C., mas até hoje não se sabe o porquê. Não há evidências de que a cidade tenha sucumbido à guerra ou fome, por exemplo.
Além da escultura, os arqueólogos também identificaram mais de 1.730 construções maias de antes da entrada de espanhóis no México. As estruturas demonstram desde a simples arquitetura doméstica dos habitantes locais até construções monumentais para atividades públicas e oficiais.