O que a mídia gringa achou do iPhone 11

Os novos iPhones estão prestes a chegar às prateleiras das lojas americanas, e as primeiras análises do aparelho começaram a sair. Em praticamente todas, o tom é o mesmo: a maioria das melhorias são sutis em comparação com os modelos do ano passado. Como não há novidades no design, nem novas características, todos os reviews […]
Traseira do iPhone 11
Alex Cranz/Gizmodo

Os novos iPhones estão prestes a chegar às prateleiras das lojas americanas, e as primeiras análises do aparelho começaram a sair. Em praticamente todas, o tom é o mesmo: a maioria das melhorias são sutis em comparação com os modelos do ano passado. Como não há novidades no design, nem novas características, todos os reviews ficaram centrados no novo conjunto de câmeras e no Modo Noturno.

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Reunimos aqui as impressões de alguns dos veículos que publicaram suas análises.

Câmera

Praticamente todos os reviews falam somente das câmeras. Não há novidades na qualidade da tela, nem outras características que mereçam grande destaque. São smartphones muito potentes, como eram os do ano passado. Há apenas novas cores e um novo desenho para abrigar o conjunto de câmeras.

No Verge:

A Apple adicionou uma câmera grande angular com abertura f/2.4 na traseira dos aparelhos, melhorou o sensor principal de f/1.8 e atualizou a câmera frontal para um sensor de 12 megapixels com um campo de visão ligeiramente maior no modo paisagem, além da possibilidade de gravar vídeos 4K em 60 quadros por segundo. O sistema Smart HDR da Apple também foi melhorado, e há novo modo Noturno. O iPhone 11 tem as mesmas características de câmera do 11 Pro, menos uma lente telefoto. A Apple diz que ambos os modelos devem ter a mesma performance para fotos.

No TechCrunch:

O Modo Noturno do iPhone 11 é ótimo. Funciona, se compara muito bem com outras câmeras com funções para baixa iluminação e a exposição e entrega de cores é a melhor da classe, ponto final.

[…]

A câmera grande angular não pode ser usada no Modo Noturno porque o seu sensor não possui 100% de focus pixels e, é claro, não tem estabilização óptica de imagem. Isso significa que as fotos noturnas com a grande angular precisam ser muito estáveis ou você terá imagens borradas.

[…]

Os retratos são ainda melhores no iPhone 11 e 11 Pro. Os rostos não ficam artificialmente sem profundidade como acontecia algumas vezes no iPhone Xs – um resultado do processo de HDR que é utilizado para destacar sombras e normalizar o contraste de uma imagem.

(Tradução: Mais do que nunca, o que estamos vendo é um aparelho combinado que inclui 3 sensores de imagem, 3 lentes, uma dispersão de sensores de movimento, um ISP, um chip ajustado para aprendizado de máquina e uma CPU trabalhando em conjunto para produzir uma imagem. Esta é uma câmera de aprendizado de máquina.)

Um dos destaques que o review do TechCrunch fez e que me chamou bastante atenção foi para o fato de que as fotos tiradas no modo noturno ainda fazem parecer que é noite. Em alguns dos smartphones que oferecem essa opção, tudo fica tão claro que você não se dá conta que ainda é noite – parece que a foto foi tirada de dia. Essa artificialidade sempre me incomodou, ainda que seja um modo super interessante em diversos smartphones:

Isso é resultado direto da decisão da Apple de não abrir todas as sombras e clarear todos os cantos de uma imagem, queimando na saturação e deixando o contraste plano.

[…]

Assim como muitos outros “modos noturnos” de vários smartphones, há problemas com objetos que se movem. É melhor que ninguém se mexa ou que se mexa só um pouquinho. Isso pode variar dependendo da duração de exposição, de 1 a 3 segundos.

Por fim, o Verge destacou algo interessante sobre vídeos:

Também fiquei extremamente impressionado com as capacidades de vídeo do iPhone 11. As três câmeras [as duas traseiras e a frontal] podem gravar em 4K60, e se você gravar com menos de 60 quadros por segundo, é possível alternar entre as lentes angular e grande angular sem alterações na cor ou mudanças de exposição, o que é impressionante. Os únicos smartphone Android que competem com a Apple em vídeo são os da Samsung. Mas a Apple continua na frente, e a lacuna está aumentando.

Bateria

Todos os novos iPhones ganharam mais autonomia de bateria. O iPhone XR é um dos melhores topo de linha nesse quesito que já usei e é bom saber que o nível subiu mais um pouquinho.

No TechCrunch:

Meu teste de bateria durante diversos dias nos parques [da Disney] faz jus às afirmações da Apple sobre as melhorias em relação ao iPhone XS. A Apple diz que o iPhone 11 Pro tem quatro horas a mais de autonomia do que o XS. No ano passado, o XS durou aproximadamente nove horas e meia durante meus testes e o iPhone 11 Pro chegou a aguentar 12 horas – em condições extremamente desafiadoras.

No Verge:

Em nossos testes, o iPhone 11 durou um dia inteiro com uma carga e ainda sobrava um pouco. É possível descarregar a batera por inteiro em menos de um dia, mas você precisa exigir bastante. A autonomia é ótima, assim como a autonomia do XR era ótima.

No ano passado, o iPhone XR tinha autonomia superior aos modelos XS, mas neste ano a lacuna está menor com os iPhone 11 Pro. O iPhone 11 regular ainda está a par ou um pouco melhor, mas não teve um ganho tão significativo quando os modelos Pro.

Conclusões

Outros veículos como o Wall Street Journal e o New York Times também esmiuçaram detalhes técnicos, mas as conclusões dos jornalões sobre os novos modelos parecem ser certeiras.

WSJ:

No esquema de atualizações do iPhone, os novos iPhone 11, 11 Pro e 11 Pro Max parecem ser entediantes. Os mesmos designs… mas novas cores! Câmeras… mas três delas! Vidro… porém mais fortes?! Depois de uma semana de testes, posso dizer que tudo isso é mais jogada de marketing, com exceção de uma coisa que todos queríamos: celulares que são mais pesados e grossos – mas que funcionam quando precisamos. Sim, mais autonomia de bateria.

[…]

Independente de qual smartphone você tem hoje, escolha as funcionalidades que importam mais para você e tente ignorar a máquina de marketing da Apple.

[…]

Com o hiper-ciclo de atualizações anuais da Apple, é fácil perder noção da realidade da maioria das pessoas que estão ficando com seus smartphones por mais e mais tempo – às vezes por quatro ou cinco anos.

NYT:

Estamos vivendo a era de ouro dos smartphones, quando as melhorias dos gadgets a cada ano estão longe de abalar as estruturas. Dispositivos que foram lançados há três anos continuam rápidos e mais do que capazes. Aqueles com um iPhone 7 de 2016, por exemplo, ainda têm um celular bom com uma câmera excelente.

[…]

Então essa é a minha sugestão: você definitivamente deveria trocar de celular se o seu atual modelo tem pelo menos cinco anos. Os modelos do iPhone 11 têm novidades significativas em relação aos que foram lançados em 2014. Mas para as pessoas que têm celulares de 2015 ou mais recentes, não há pressa para trocar. Em vez disso, há mais milhagem e valor para aproveitar do excelente smartphone que você já tem.

O Verge, que tem um público mais ligado em tecnologia, daqueles que adoram estar na crista da onda, recomenda outra coisa:

Vale a pena fazer o upgrade para o iPhone 11? Se você tem um iPhone mais velho do que o XR e está pensando nisso, acho que a resposta é sim. A câmera foi significativamente melhorada e você terá mais autonomia de bateria do que os outros modelos, com exceção do XR. É com isso que as pessoas se importam, e foi o que a Apple entregou neste aparelho.

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