Ciência

Muda tudo no “Salão do Rei Arthur”: monumento é 4 vezes mais antigo

Arqueólogos utilizaram técnicas como luminescência opticamente estimulada (OSL) e datação por radiocarbono para descobrir a idade real do monumento
Imagem: Historic England/Reprodução

O “Salão do Rei Arthur”, enigmático monumento megalítico no Reino Unido, é um mistério para os cientistas desde quando o local foi descoberto, em 1987.

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Inicialmente, acreditava-se que a construção era medieval, mas novas evidências apontam para uma origem neolítica, segundo arqueólogos.

Situado em um terreno íngreme em uma região no leste da Cornualha, o “Salão do Rei Arthur” é área retangular cercada por 56 pedras, que ficam de frente para um banco de terra.

A Cornualha é um dos principais lugares reais associados às lendas do Rei Arthur e associações ao nome do lendário monarca começaram a surgir durante a idade média.

Segundo arqueólogos, em entrevista ao jornal The Guardian, as primeiras menções do nome “Salão do Rei Arthur” datam de 1583, quatro mil anos após o período neolítico.

Idade real do “Salão do Rei Arthur” 

Em análises recentes do monumento, os arqueólogos utilizaram técnicas como luminescência opticamente estimulada (OSL) e datação por radiocarbono para descobrir que as pedras  “Salão do Rei Arthur” datam de 5 mil a 5.500 anos atrás.

Além disso, marcas de assentamentos e vestígios de fogueiras ao redor do monumento indicam a presença de humanos no local desde o período Neolítico.

Muitos acreditavam que o monumento era mais recente porque as tecnologias de datação ainda não existiam. Devido à singularidade do “Salão do Rei Arthur”, arqueólogos descartavam a possibilidade da estrutura ter mais de 4 mil anos.

De acordo com James Gossip, arqueólogo responsável pela escavação, não há registros de estruturas similares ao “Salão do Rei Arthur” na Europa nesse período.

O Neolítico Médio não tem as mesmas estruturas de pedra da Idade do Bronze. Durante esse período, as pessoas estavam deixando de ser nômades e começando as primeiras construções, geralmente em áreas altas.

“Acreditamos que essas estruturas eram pontos de encontro para comunidades, possivelmente durante cerimônias e ocasiões especiais”, afirma Gossip.

O arqueólogo ressalta que essa teoria ainda é um enigma. Mas, agora, existem mais informações sobre a origem “Salão do Rei Artur”. A descoberta pode revelar ainda mais informações sobre contexto pré-histórico da Cornualha.

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Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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