Cultura

Na China, o Natal é celebrado com troca de maçãs de presente

O Natal é amplamente comemorado pelos chineses como um evento cultural e comercial, mais do que como uma celebração religiosa
Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução

Por mais que o Natal não seja uma celebração tradicional na China, o país asiático tem encontrado formas de adotar esse feriado — que é um dos mais importantes do ocidente –, nem que isso signifique fazer mudanças “curiosas”.

Uma das tradições difundidas é a troca de maçãs decoradas como presente natalino. Embora pareça inusitado, esse costume está enraizado em um jogo de palavras e também no apelo comercial que o Natal adquiriu em solo chinês.

Na China, o Natal é amplamente comemorado como um evento cultural e comercial, mais do que como uma celebração religiosa. Assim como é o Dia dos Namorados no Brasil, por exemplo.

Entre os jovens dos grandes centros urbanos, é comum presentear amigos, colegas e até familiares com maçãs, especialmente na véspera de Natal.

Imagem: Weibo/Reprodução

De onde vem a maçã no Natal chinês

A origem dessa prática está no idioma mandarim: a palavra para “véspera de Natal” é Ping’an Ye (平安夜), que significa “Noite Silenciosa” ou “Noite de Paz”, em referência à música natalina “Noite Feliz”.

Já a palavra para maçã é pingguo (苹果), que soa semelhante ao termo para “paz” (ping’an). Assim, essa associação sonora transformou a fruta em um símbolo de bons votos e harmonia para a ocasião.

A tradição ganhou força nas últimas décadas, impulsionada por estratégias de marketing. Lojas e comerciantes começaram a vender maçãs embaladas em caixas decorativas ou cobertas com mensagens de paz e felicidade.

Algumas frutas até recebem gravações personalizadas com temas natalinos, feitas a laser. A simplicidade do presente, combinada ao seu significado cultural, tornou-o popular, especialmente entre os jovens.

Ainda assim, essa adaptação não é unânime. Nas áreas mais rurais — e que contam com uma população mais velha –, a data passa despercebida. Além disso, ainda existe uma certa desconfiança por parte das autoridades chinesas, que veem a comemoração do Natal como um um símbolo da influência cultural estrangeira.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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