NASA contrata empresas para gerar energia solar para astronautas na Lua

Agência espacial americana quer instalar painéis solares verticais para gerar eletricidade para futuros habitats e rovers
NASA contrata empresas para gerar energia solar para astronautas na Lua
Imagem: NASA/Divulgação

A missão Artemis 1 ainda nem decolou, mas a NASA já está preocupada em como gerar energia elétrica para futuros astronautas vivendo e trabalhando na superfície lunar.

A agência espacial dos EUA acaba de fechar um contrato total de US$ 19,4 milhões com três empresas americanas. As empresas selecionadas são a Astrobotic Technology, Honeybee Robotics e a Lockheed Martin. Elas receberão valores entre US$ 6 e 7 milhões cada.

O montante será dividido entre as empresas para que elas construam protótipos de geração de energia a partir de painéis solares verticais com mastros de quase 10 metros de altura.

A NASA exige que esses painéis possam ser implantados de forma autônoma, além de contar com a capacidade de retrair e serem realocados, caso necessário. O hardware também precisa se manter estável em terreno inclinado, além de ser resistente à poeira lunar.

Além disso, o sistema precisa ter uma massa e volume mínimos, para facilitar a entrega dos painéis na superfície lunar.

A agência explica que a tecnologia atual de painéis solares espaciais oferece suporte apenas para o uso dessas matrizes energéticas em microgravidade ou para instalação horizontal. No caso da Lua, a expectativa é que uma futura colônia será instalada no Polo Sul lunar, onde o Sol não se eleva muito acima do horizonte – o que exige o desenvolvimento de novos painéis solares que funcionem na vertical.

Segundo a NASA, esses painéis serão utilizados para fornecer energia para habitats, rovers, assim como outras missões robóticas e tripuladas. A expectativa é que os novos painéis estejam prontos para ser instalados na Lua até o final desta década.

Em 2021, a NASA já tinha contratado cinco empresas para começar a amadurecer a tecnologia da indústria de painéis solares com foco no espaço.

Além da energia solar, a agência também estuda a possibilidade de enviar baterias, células de combustível e, até mesmo, um pequeno reator de fissão nuclear para a Lua.

A usina nuclear será utilizada em missões de longo prazo, funcionando em paralelo aos painéis solares, mas, principalmente, durante as longas noites lunares, que duram cerca de duas semanas. Assim como os painéis solares, a expectativa é que o reator de fissão também esteja pronto até 2030.

Hemerson Brandão

Hemerson Brandão

Hemerson é editor e repórter, escrevendo sobre espaço, tecnologia e, às vezes, sobre outros temas da cultura nerd. Grande entusiasta da astronomia, também é interessado em exploração espacial e fã de Star Trek.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas