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NASA descobre que asteroide Bennu veio de antigo planeta com oceano
Em março, as primeiras análises da NASA no asteroide Bennu revelaram que o objeto especial continha compostos essenciais para a vida. A amostra do asteroide apresentou evidências de carbono e água.
Agora, a NASA descobriu que o asteroide pode ter feito parte de um planeta com oceano. O asteroide Bennu chegou à Terra com a sonda OSIRIS-REx, em setembro de 2023.
Na quarta-feira (26), a equipe que analisa as amostras do asteroide afirmou, em um estudo publicado na revista Meteoritics & Planetary Science, que o Bennu contém os ingredientes originais que formaram o nosso sistema solar.
O cientista do projeto OSIRIS-REx, Jason Dworkin, co-autor da pesquisa, afirmou que a missão trouxe exatamente o que a NASA esperava: “uma grande amostra de asteroide rica em nitrogênio e carbono, oriundo de um planeta com água”.
A composição do asteroide, representada pelas amostras que a NASA obteve, permitiu que os cientistas investigassem a formação do sistema solar. O Bennu também foi importante para entender os componentes que contribuíram para a formação de vida na Terra.
As principais descobertas da análise, além de confirmar os componentes essenciais para a vida, revelaram a presença fosfato de magnésio. Essa descoberta, de acordo com a NASA, aponta que o asteroide possa ter sua origem em um planeta pequeno com oceano.
O fosfato de magnésio é um composto solúvel água importante para a bioquímica da Terra.
Planeta com oceano não existe há muito tempo
A NASA, com base no novo estudo, afirma que o asteroide Bennu tem uma história que envolve interações com água. Contudo, em termos químicos, o asteroide é relativamente primitivo. Portanto, o planeta com oceano do asteroide, segundo a NASA, não existe há bilhões de anos.
“ A presença de fosfato de magnésio no asteroide indica que ele possa ter surgido de um pequeno planeta com oceano, extinto há muito tempo”, diz a NASA.
Segundo o estudo, os componentes da superfície do asteroide foram preservados por bilhões de anos, afirmando que a amostra fornece uma fonte enorme para pesquisas.
“A cada semana, o time de análise da missão OSIRIS-REx surge com novas e, geralmente surpreendentes, descobertas”, disse Arolde Connolly, co-autor do estudo.
Dante Lauretta, co-autor do estudo e principal investigador da OSIRIS-REx na Universidade do Arizona, afirmou que, embora o asteroide possa ter surgido de um planeta com oceano, “a hipótese precisa de mais investigação”.