A NASA anunciou nesta semana que quer “desorbitar” a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Mais precisamente, a agência especial espera encontrar uma empresa capaz de fazer isso. E o tempo é curto: a ISS está prevista para deixar de funcionar em 2030.
Assim, ao final do programa da ISS, a estação será derrubada de órbita de forma controlada para evitar cair em áreas povoadas. Segundo a NASA, as propostas das empresas poderão ser enviadas até o dia 17 de novembro.
Além disso, mais detalhes sobre os requisitos estão disponíveis no site do governo dos EUA. Desde 1998, cinco agências espaciais operaram a ISS, mas a estação está com os dias contados.
O presidente americano Joe Biden formalizou o interesse dos Estados Unidos em participar do programa da ISS até setembro de 2030. Com isso, o contrato de uso do laboratório orbital será estendido por apenas mais seis anos.
Novo cenário espacial
Com o desgaste na Guerra da Ucrânia e o fim de uma série de projetos de colaboração internacional, parceria entre EUA e Rússia na ISS está garantida apenas até 2028.
O fim da parceria dos russos na ISS é um acontecimento importante na história da política espacial. Desde 1975, quando a nave americana Apollo 18 e a soviética Soyuz 19 se encontraram no espaço, o momento foi considerado como um grande marco de que a exploração espacial deveria ser um esforço colaborativo entre vários países – algo que culminou na construção da ISS.
Entretanto, a invasão da Ucrânia mudou tudo, com a Rússia caminhando para projetos mais solos no espaço, como a Estação de Serviço Orbital Russa (Ross). A estação russa promete começar a funcionar até ano 2028.