Ciência

NASA simula asteroide gigante vindo em direção à Terra; veja como seria

Segundo estimativas, há 25 mil asteroides com mais de 140 metros em uma distância próxima da Terra, mas apenas 43% deles foram descobertos.

Nesta quinta-feira (20), a NASA divulgou o sumário da quinta edição do “Exercício de Defesa Planetária“. Nele, a agência realizou uma simulação que destaca os desafios para proteger a Terra de um potencial impacto de um asteroide.

whatsapp invite banner

A simulação da NASA mostrava um cenário hipotético em que cientistas descobrem um asteroide gigante com 72% de chance de colidir com a Terra em um prazo de 14 anos. O exercício, que teve a participação de autoridades de gestão de crise dos EUA e de parceiros internacionais, discutiu a capacidade de resposta do país a uma crise dessas.

Na simulação, cientistas levaram em conta um asteroide que pode ter entre 60 e 800 metros de diâmetro. Porém, um asteroide de 60 metros já poderia causar uma situação grave se atingisse o solo em uma região próximo a metrópoles.

“No momento, não sabemos da existência de asteroides com tamanho significativo vindo em direção à Terra nos próximos cem anos. Contudo, sabemos que não sabemos onde está a maioria dos asteroides gigantes que podem causar devastação regional”, disse Terik Daly, supervisor de defesa planetária do Laboratório John Hopkins, nos EUA.

Segundo estimativas da NASA, há 25 mil asteroides com mais de 140 metros em uma distância próxima da Terra, mas apenas 43% foram descobertos, de acordo com o sumário do exercício.

O exercício é o primeiro desde a Missão DART, da NASA. Essa missão mostrou que uma nave espacial pode forçar um asteroide a mudar seu curso pelo impacto. 

Exercício da NASA debate a possibilidade de um asteroide gigante colidir com a Terra

Imagem: NASA/Divulgação

Os participantes do exercício discutiram três opções de ação:

  • Esperar até próximas observações dos telescópios;
  • Iniciar uma missão espacial, liderada pelos EUA, para se aproximar do asteroide e obter mais informações;
  • Desenvolver um projeto para construir uma nave mais cara, com a capacidade de alterar o curso de um asteroide tão grande.

O debate focou em como o financiamento do governo pode impactar as decisões, mas também a questão principal foi sobre a postura dos líderes políticos.

A agência também debateu o prazo para agir. O lançamento de uma nave, sobretudo para lidar com um asteroide, possui etapas que podem durar uma década.

Para as autoridades de gestão de crise, os 14 anos — o tempo que a NASA definiu que o asteroide chegaria à Terra — é adequado. A NASA ressalta, no entanto, que as autoridades teriam que lidar com ameaças mais imediatas, como furacões, ao mesmo tempo que dedicam recursos para o asteroide gigante.

Em agosto, a NASA vai lançar o relatório completo da simulação, detalhando os planos escolhidos pelos participantes para lidar com o asteroide gigante.

Assine a newsletter do Giz Brasil

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas