No Dia Mundial do Rock, onde ouvir suas músicas? Vinil, CD ou streaming?
Hoje, 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock! Ele foi criado em homenagem ao festival Live Aid, que mobilizou a música do mundo pela causa da fome na África em 1985. Desde então, muita coisa mudou no rock e, principalmente, na tecnologia. Por isso, o Giz Brasil resolveu tirar a prova. Qual a melhor mídia para escutar o “bom e velho rock and roll” e outros gêneros?
De acordo com um relatório da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), de 2021 para 2022, o streaming passou a compor 67% (ou US$ 17,5 bilhões) das receitas da música em todo o mundo. Por outro lado, as mídias físicas, como CDs e vinis, por exemplo, também apresentaram um crescimento, de 4%. Eles passaram a compor 17,5% do total, gerando US$ 4,6 bilhões em dinheiro.
Mas qual será a melhor forma de ouvir música? O Giz Brasil te mostra as vantagens e desvantagens de cada meio neste Dia Mundial do Rock.
Streaming tem benefícios
Entre alguns benefícios do streaming, está a possibilidade de alcançar um público maior, permitindo o acesso a uma infinidade de músicas por uma única mensalidade.
Isso acontece acontece devido à promoção da própria plataforma (Spotify, Deezer, entre outros…), bem como através da divulgação dos próprios ouvintes, que podem compartilhar um álbum ou faixa com seus amigos usando apenas um link – o equivalente a emprestá-los um CD ou pen drive, como no passado.
Apesar da praticidade do streaming, que inclui a possibilidade de levar suas músicas para qualquer lugar, um dos motivos para o “retorno” da mídia física pode ser a nostalgia envolvida no processo de segurar um vinil ou CD, olhar a capa ou encarte e colocá-lo para tocar. Uma experiência que, certamente, não se encontra nas mídias digitais.
E o áudio do CD?
Além disso, no caso do CD, seu áudio também é superior. Afinal, a frequência de áudio digital de 44,1 kHz é a melhor possível para qualquer formato, segundo o Disk Makers Blog. Já no caso do streaming, o normal é que as plataformas comprimam os arquivos, a fim de exigir menos largura de banda (velocidade que os dados passam através de uma rede). E sim, isso altera, mesmo que de forma sutil, o som da gravação.
Como é o som do vinil?
Apesar do aumento da procura pelos vinis, que aumentaram 30% em 2020 nos EUA de acordo com o RIAA (Associação Americana da Indústria de Gravação), a música não toca melhor por eles.
Segundo o site SoundGuys, os discos de vinil podem atender a toda a faixa de frequência da audição humana e além, indo de 7 Hz a 50 kHz, a depender do hardware e de filtros de baixa frequência (ruído) aplicados. No entanto, distorções podem acontecer e, de acordo com o vinil, podem variar de 0,4% a 3% de distorção harmônica total.
Ele também perde em faixa dinâmica, com 70dB, contra 90dB do CD. Ou seja, nos CDs, há uma maior diferença entre as partes mais silenciosas e as mais altas de uma gravação antes que o ruído se torne um problema.
Além disso, os toca-discos também podem ser um problema — até o melhor deles. Isso porque eles geram um ruído de baixa frequência, causado pelos rolamentos no mecanismo de acionamento, podendo causar distorção de intermodulação, resultando em outras frequências audíveis.
E até partículas de poeira podem causar estalos na produção, por exemplo, quando a agulha pressiona a poeira no vinil, o que não acontece com o CD, que é lido por feixes de luz. Os toca-discos também podem apresentar leves mudanças na velocidade de reprodução da música, como vibração.
Entretanto, podem oferecer benefícios em faixas com a masterização adequada para o meio. Na década de 1990, por exemplo, quando as gravadoras passaram a aumentar o volume das músicas para que elas se destacassem, o vinil se mostrou quase “imune” à compressão das ondas sonoras, que causou uma perda de detalhes e nuances nos áudios.