Noruega descobre 38 milhões de toneladas de cobre no fundo do mar
Pesquisadores afirmam ter descoberto grandes depósitos de minério no fundo do mar da Noruega. A lista inclui uma série de metais raros preciosos, incluindo cobre, zinco e, até mesmo ouro.
O estudo foi encomendado em 2020 pela agência governamental NPD (Direção Norueguesa do Petróleo), e visava dar início às atividades de mineração em águas profundas nos mares da Noruega e da Groenlândia.
Durante as expedições, foram descobertos três tipos de depósitos minerais, o que inclui reservas de manganês, crostas de manganês e sulfetos. Todos eles contêm vários tipos de metais e estão localizados entre 1.500 e 6.000 metros de profundidade, com um volume suficiente para atender as demandas globais desses metais por vários anos.
Estima-se que existem 38 milhões de toneladas de cobre, 45 milhões de toneladas de zinco, 1 milhão de toneladas de cobalto, 85 mil toneladas de prata, além de 2,3 mil toneladas de ouro. No caso específico do cobre, o volume é duas vezes maior do que é extraído em todo o mundo ao longo de um ano.
Já as crostas de manganês se estendem por uma área de 8.500 metros quadrados, o que inclui 185 milhões de toneladas de manganês, 24 milhões de toneladas de magnésio e 8,4 milhões de toneladas de titânio. A mesma reserva também possui milhares de toneladas de lítio, vanádio, gálio, nióbio e tungstênio.
O estudo também apontou que foram encontrados minerais raros (e caros), como 420 mil toneladas de neodímio e 86 mil toneladas de disprósio. Esses dois minerais são importantes no cenário da economia verde atual, já que são utilizados na produção de ímãs para turbinas eólicas, além de motores de veículos elétricos.
Ao todo, foram realizadas quatro expedições, onde foram coletados dados do fundo do mar em alta resolução. O estudo também incluiu operações de perfuração e coleta de amostras de minerais, e teve participação das Universidades de Bergen e Tromsø, ambas da Noruega.
Como apontou a CNN, a Noruega é um grande exportador de petróleo e gás. Mas, agora, o país nórdico está considerando a possibilidade de explorar também a mineração em alto mar, mesmo que a prática ainda gere preocupações ambientais. Cientistas alertam que esse tipo de mineração pode gerar graves e irreversíveis implicações para os ecossistemas marinhos.
Por enquanto, esse tipo de mineração ainda depende da aprovação do parlamento norueguês. Além disso, a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, órgão filiado à ONU (Organização das Nações Unidades), que supervisiona o setor de mineração em águas profundas, emitirá em julho novas normas que vão regular essa nova indústria.