A teoria de Albert Einstein sobre a expansão do universo pode estar errada. É o que diz um novo estudo, publicado na revista Classical and Quantum Gravity no início do mês.
Os cientistas que conduziram a pesquisa observaram o cosmos com outras lentes e descobriram que talvez o universo não esteja se expandindo, no fim das contas.
Liderado por Lucas Lombriser, pesquisador da Universidade de Genebra, o trabalho pode contrariar hipóteses de longa data. O físico Albert Einstein publicou a Teoria da Relatividade em 1916, onde propôs a hipótese de que o universo estaria aumentando de tamanho.
A velocidade com que o universo se expande foi mensurada pela primeira vez em 1929, com baixa precisão, pelo astrônomo Edwin Hubble, que deu origem ao nome da constante.
O valor é resultado da relação entre a distância que outras galáxias estão da Terra e a velocidade da trajetória de afastamento delas.
Hubble constatou o afastamento das galáxias por conta do deslocamento para tons de vermelho no espectro de luz. Pesquisas recentes também sugeriram que o universo está aumentando com velocidade mais rápida do que se imaginava.
Por exemplo, em 2016, cientistas registraram dados que indicavam que a taxa de expansão do universo era de aproximadamente 73,2 km por segundo por megaparsec. Um megaparsec é equivalente a 3,26 milhões de anos-luz.
Questionando o conceito
No entanto, esse conceito tem sido problemático desde que Einstein o propôs, já que as observações não correspondem às previsões que os astrônomos e astrofísicos fizeram sobre a velocidade com que o universo deveria estar se expandindo.
Dessa forma, alguns estudiosos imaginaram que poderia haver outras partículas ou forças para explicar essa discrepância.
Em vez de confiar nessa constante cosmológica, Lombriser argumenta que a teoria original de Einstein de que o universo é plano e estático pode estar correta, mas que podem ser partículas mudando de massa, e não as galáxias se afastando de nós à medida que o universo se expande.
A nova teoria se baseia fortemente na matéria escura, que se acredita constituir 80% da massa do universo, agindo como um campo de áxions.
Tratam-se de partículas elementares hipotéticas que muitos teóricos consideram a melhor explicação para definir a identidade da matéria escura. Isso é algo que os astrônomos têm investigado, mas ainda não conseguiram muitos detalhes.
Embora essa nova teoria possa parecer um pouco fora do comum, considerando que a teoria da expansão universo em expansão está muito estabelecida, é possível que ela forneça caminhos para chegar às respostas que os astrônomos tanto esperam.