Novo pneu de bicicleta feito de metal não fura nunca
Tá cansado de ficar enchendo seu pneu cada vez que for sair de casa? A empresa The Smart Tire Company criou um produto que pode ser a solução para isso: eles criaram a primeira bike que promete um pneu “infurável”. E o segredo para isso está num material inovador chamado nitinol.
O nitinol é uma liga de níquel e titânio desenvolvida pela NASA. O principal diferencial desta liga é que ela possui o efeito térmico de memória e superelasticidade (também chamada de pseudoelasticidade).
O efeito térmico de memória é a capacidade do nitinol de sofrer deformação em certa temperatura, e então recuperar sua forma original após ser aquecido acima de sua “temperatura de transformação”.
O pneu de bicicleta, que recebeu o nome de Metl, pode ser adquirido por US$ 500 (cerca de R$ 2,4 mil) em sua campanha de financiamento na plataforma Kickstarter. Eles pesam cerca de 450 gramas.
Apesar da construção em metal, os pneus prometem aderência ao solo em qualquer condição climática. A entrega dos pneus está prevista para junho de 2024.
Antes do pneu de bicicleta nitinol foi subestimado
O composto se chama nitinol por causa de sua composição e do local em que foi descoberto: (Niquel Titânio – Naval Ordance Laboratory). William J. Buehler junto com Frederick Wang, descobriram suas propriedades durante pesquisas no Laboratório de Material Bélico Naval dos EUA em 1962.
As aplicações potenciais do nitinol não foram percebidas imediatamente, e ninguém fez qualquer esforço para comercializar a liga até uma década após sua descoberta. Essa demora foi causada principalmente pela extraordinária dificuldade em fundir, processar e mecanizar a liga.
Além disso, problemas financeiros que só foram contornados na década de 1990 também dificultaram esses esforços, quando finalmente começaram a ser resolvidos esses obstáculos práticos.
A descoberta do efeito térmico de memória aconteceu em 1932, quando o pesquisador sueco Arne Olander observou esta propriedade pela primeira vez em ligas de ouro e cádmio. Por outro lado, este mesmo efeito foi observado em ligas de cobre e zinco no início dos anos 1950.