Novo tipo de tomate é desenvolvido com composto saudável do mirtilo

O criador do tomate roxo também já desenvolveu novas versões de tomate cereja, kiwi uma fruta doce em forma de pêra e mais. Saiba os detalhes
TOMATE

Em 2011, após dez anos de experimentos, o professor da Faculdade de Ciências Agrícolas da Oregon State University Jim Myers mostrou um novo tomate roxo. A criação, chamada de Indigo Rose, contém um composto saudável em comum com os mirtilos: as antocianinas. Agora, depois de novos aperfeiçoamentos, o novo tomate — ainda não batizado — vai finalmente para o mercado norte-americano.

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Embora a cor roxa seja uma novidade interessante, são os benefícios para a saúde das antocianinas na casca que atraíram o público e o mercado. O pigmento é o que torna o fruto roxo, mas além disso, ainda contém antioxidantes saudáveis.

O Indigo Rose não é o primeiro tomate de cor arroxeada a existir. O Cherokee Purple, o Black Krim e o Black Prince já eram conhecidos pelos fazendeiros antes. A diferença é que suas tonalidades vêm da feofitina, um pigmento que não contém antocianinas.

Com a boa recepção do tomate, nos últimos onze anos, Myers criou outros quatro alimentos: um tomate cereja com sabor e rendimento superior, uma fruta doce em forma de pêra, um kiwi com melhor hábito de crescimento, sabor e resistência ao enrolamento das folhas, e, por fim, uma pasta de tomate para molho. Todas as criações, aliás, estão disponíveis para compra online como sementes.

Como surgiu o tomate roxo Indigo Rose?

Usando material genético de tomates silvestres armazenados na Universidade da Califórnia, Myers fez o cruzamento que resultou no Indigo Rose. O estoque foi coletado na década de 1960 no Chile e nas Ilhas Galápagos. Os criadores cruzaram os tomates silvestres com variedades cultivadas, mas a pesquisa só avançou com Myers, no início dos anos 2000.

Na época, o estudante de pós-graduação Carl Jones tentava descobrir como os tomates afetam a saúde humana. Enquanto estudava o germoplasma das espécies selvagens, ele notou uma nova cor púrpura, segundo Myers.

Então, eles começaram a trabalhar para desenvolver um tomate de qualidade com os benefícios das antocianinas. Por 11 anos, a equipe plantou tomates e acompanhou seu crescimento. Todos os anos, eles cruzavam os tomates com os melhores roxos, escolhendo os mais promissores. Vale lembrar que a produção não utilizou genes geneticamente modificados.

Outro detalhe: o produto não poderá ser vendido na Europa, onde a legislação proíbe a comercialização e entrada de alimentos transgênicos.

Com informações do Phys.org.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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