Pesquisadores da Fiocruz Mato Grosso do Sul e do Instituto Sabin de Vacinas avaliam a possibilidade de oferecer uma dose de reforço fracionada à população. Tal mudança aumentaria o número de vacinas para Covid-19 disponíveis no mundo, o que beneficiaria países subdesenvolvidos que estão sofrendo com a falta de imunizantes.
Não há grandes mudanças. A vacina continua sendo a mesma, os pesquisadores apenas querem verificar se o composto oferecido em menores quantidades continua sendo efetivo. Além disso, pretendem avaliar se a dose reduzida causa menos efeitos colaterais.
Haverá, no total, 2.880 voluntários do Brasil e Paquistão. Para participar do estudo, a pessoa não pode ter recebido a dose de reforço anteriormente. Então, serão oferecidas as vacinas Pfizer (dose cheia, metade ou um terço), AstraZeneca (dose cheia ou meia) e Coronavac (dose cheia).
Os voluntários serão visitados pelos cientistas quatro vezes dentro de um período de seis meses. Em todas elas, profissionais farão a coleta de sangue. Caso a pessoa desenvolva sinais da doença, poderá ser acompanhada por uma equipe médica.
Os cientistas esperam que a dose fracionada ofereça a mesma proteção da dose cheia. Se isso se concretizar, haverá uma maior quantidade de vacinas disponíveis, o que propiciará uma maior cobertura vacinal em todo o globo.
Além disso, os pesquisadores acreditam que muitas pessoas estão deixando de tomar a dose de reforço por medo dos efeitos colaterais. Caso a quantidade fracionada do composto ofereça a mesma proteção sem reações adversas, a aceitação pelo imunizante poderá aumentar.