OMS confirma surto de vírus de Marburg na Guiné Equatorial
A OMS (Organização Mundial da Saúde) confirmou na última terça-feira (14) que a Guiné Equatorial, na África Central, está enfrentando um surto causado pelo vírus de Marburg. Até o momento, foram notificados nove mortes e 16 casos suspeitos.
O patógeno pertence a mesma família do ebola e tem uma taxa de mortalidade média de 50%, sendo considerado um dos mais perigosos do mundo.
A presença do vírus foi confirmada após análise de amostras enviadas ao Senegal. Neste momento, 21 pessoas que tiveram contato com infectados estão em isolamento sob vigilância, enquanto outras 4.325 estão em quarentena em suas casas.
Os casos foram identificados em uma região rural próxima as fronteiras com Gabão e Camarões. Antes de ir a óbito, os pacientes apresentaram sintomas como febre, vômitos, fraqueza e diarreia com sangue.
O vírus de Marburg é transmitido através de fluidos corporais ou contato com animal infectado. A doença desencadeia a chamada febre hemorrágica e não há medicamentos para combatê-la.
Por outro lado, a reidratação do paciente é altamente adotada nestes casos para aliviar os sintomas.
A OMS já está trabalhando para conter os danos. A organização deve enviar profissionais à Guiné Equatorial para ajudar no combate à doença, além de equipamentos de proteção para as equipes médicas.
O primeiro surto relacionado ao patógeno ocorreu na cidade de Marburg, na Alemanha, em 1967, o que justifica o seu nome. Desde então, foram relatados diversos outros surtos em regiões africanas, com taxas de mortalidade que variavam de 24% a 88%.
Em julho de 2022, por exemplo, foram relatados dois óbitos pelo vírus em Gana.