De olho na próxima pandemia, OMS cria depósito mundial de patógenos
Se tem uma coisa que a Covid-19 nos mostrou é que o mundo não estava preparado para uma pandemia. Felizmente, algumas colaborações internacionais permitiram que estudos, principalmente aqueles focados em vacinas, fossem desenvolvidos em tempo recorde. Para ampliar esse trabalho em rede e garantir que isso seja utilizado cada vez mais em prol da humanidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na segunda-feira (24) um acordo com a Suíça para lançar um laboratório global dedicado a patógenos.
O BioHub Facility será sediado em Spiez, na Suíça, e funcionará como um centro para receber, sequenciar, armazenar e preparar materiais biológicos de forma segura para que sejam distribuídos a outros laboratórios, informa o comunicado da OMS. A expectativa é que isso acelere o compartilhamento de informações entre diferentes países, principalmente em emergências como a Covid-19.
As colaborações atuais costumam ocorrer de forma bilateral entre algumas nações e apenas para casos específicos, o que, segundo a OMS, pode causar atrasos e prejudicar países que não teriam acesso a esses benefícios e ferramentas. Além de facilitar a colaboração internacional, o acordo busca garantir que as trocas sejam feitas de forma segura, seguindo determinadas regulamentações.
Uma fase piloto do projeto já foi implementada pela OMS para estudar o SARS-CoV-2 e suas variantes. A ideia é testar as capacidades do laboratório e questões operacionais para o compartilhamento de materiais biológicos. A partir dos resultados, a organização pretende expandir para outros patógenos e começar a criar conexões entre parceiros e laboratórios ao redor do mundo em 2022.
Ainda de acordo com o comunicado, a OMS planeja incluir entidades qualificadas, como fabricantes da indústria farmacêutica, visando o desenvolvimento de subprodutos médicos para que sejam distribuídos de forma justa aos países.
[OMS]