OMS aumenta risco mundial de coronavírus para “muito alto”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o risco global sobre o novo coronavírus, batizado oficialmente como COVID-19, para "muito elevado". Esse é o mesmo nível que o grupo tinha colocado para a situação na China, mas agora a nível internacional.
Médicos trabalhando em área isolada do Hospital da Cruz Vermelha em Wuhan
Foto tirada em 16 de fevereiro de 2020 mostra médicos trabalhando em área isolada do Hospital da Cruz Vermelha em Wuhan na província de Hubei (China). Crédito: Getty Images

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o risco global sobre o novo coronavírus, batizado oficialmente como COVID-19, para “muito elevado”. Esse é o mesmo nível que o grupo tinha colocado para a situação na China, mas agora em nível internacional. Apesar da mudança, o surto ainda não se tornou oficialmente uma “pandemia”.

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Em uma coletiva de imprensa, o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS, disse que tem visto epidemias interligadas da doença em diversos países, mas que a “a maioria dos casos ainda podem ser rastreados para contatos conhecidos ou agrupamentos de casos. Ainda não vimos evidências de que o vírus está se espalhando livremente nas comunidades.”

Ele disse ainda que, enquanto a situação permanecer assim, ainda há chances de conter o vírus, caso as autoridades de cada país tomem “ações robustas” para detectar os casos no início, isolar as pessoas, cuidar dos pacientes e traças as redes de contato que poderiam espalhar a infecção.

A mudança de classificação de risco para muito elevado serve como alerta para os governos ao redor do mundo. O chefe de operação da OMS disse que os sistemas de saúde não estão preparados para lidar com a chegada do vírus e que esse alerta é uma tentativa de conscientizar a todos.

A OMS revelou ainda que nas últimas 24 horas a China relatou 329 casos, o menor número e um mês. O país totaliza 78.959 casos e 2.791 mortes – a maior parte dos infectados pelo COVID-19.

Fora da China foram 4.351 casos em 49 países, chegando a 67 mortes. Desde ontem, Dinamarca, Estônia, Lituânia, Países Baixos e Nigéria relataram novos casos, todos ligados a pessoas que viajaram para a Itália.

Neste momento, 24 casos em 14 países estão ligados com pessoas que estavam na Itália e 97 a pessoas que estiveram no Irã e viajaram para 11 países.

O Brasil monitora 132 casos do coronavírus, um aumento considerável devido a elevação da “sensibilidade da vigilância da rede pública de saúde devido à inclusão de 15 países, além da China, que apresentam transmissão ativa do coronavírus”, segundo o Ministério da Saúde. Isso significa que pessoas que viajaram a mais países e apresentam alguns dos sintomas do COVID-19 passam a ser monitoradas. Por enquanto, apenas um caso foi confirmado por aqui.

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