O medicamento Ozempic, conhecido por auxiliar no emagrecimento, virou caso de polícia em São Paulo. No último sábado (16), a Polícia Civil prendeu cinco pessoas — entre 21 e 34 anos — envolvidas em roubos do remédio em farmácias da capital paulista.
A polícia deteve os suspeitos em um imóvel no Jardim Primavera, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Eles foram presos logo após assaltar uma farmácia na região do Morumbi. A polícia encontrou com eles medicamentos de alto custo, incluindo o famoso emagrecedor.
Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), a prisão ocorreu graças a uma ação coordenada do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais). O Deic já vinha monitorando a quadrilha.
No local, além dos criminosos, a polícia apreendeu três carros – um deles com a placa clonada e dois com sinais identificadores adulterados, produtos de furto.
A polícia também recolheu uma motocicleta, duas armas de fogo, munições de diversos calibres e mais de 80 caixas com medicamentos. Estavam também uma máquina de cartão, notebook, relógio, dois anéis, sete colares, R$ 1,2 mil e um celular produto de roubo.
A especializada registrou o caso como roubo, receptação, posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, associação criminosa, adulteração de sinal veicular identificador e localização/apreensão de veículo.
Alta procura do remédio para emagrecer
Procurado por quem quer emagrecer de forma rápida, o laboratório do emagrecedor tem ganhado tanto dinheiro que a empresa hoje vale US$ 419 bilhões (cerca de R$ 2 trilhões). Isso deixa a farmacêutica atrás apenas do LVMH, grupo dono da Louis Vuitton.
A alta procura pelo Ozempic tem motivado não apenas crimes — como este em São Paulo –, mas também a comercialização de produtos fakes. Por isso, quem usa o remédio deve ficar atento com as falsificações que já estão sendo encontradas no mercado brasileiro.
No ano passado, a farmacêutica Novo Nordisk notificou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a circulação no Brasil de um lote falsificado do medicamento. Inclusive, as canetas de Ozempic falsificadas possuem números de lote, códigos de barras e números de série exclusivos, como nas embalagens genuínas.
Porém, quando escaneadas, as embalagens falsas revelam que os números de série são inativos. Além disso, a aparência da caneta aplicadora também é diferente nos medicamentos falsos, facilitando a identificação da fraude.
É importante destacar que o Ozempic deve ser usado somente quando indicado pelo médico. Além disso, como qualquer outro medicamento, ele também pode provocar efeitos colaterais.