Pesquisadores recebem ossos de 4 soldados da Batalha de Waterloo para análise
Em 18 de Junho de 1815, Napoleão Bonaparte foi derrotado pelos exércitos da Inglaterra e da Prússia. Acabava-se ali as chances de que o estadista francês conquistasse a Europa. O evento ficou conhecido como Batalha de Waterloo (atual Bélgica), uma referência ao local em que aconteceu o embate.
Mais de 200 anos se passaram e os esqueletos dos soldados continuam a dar as caras e chamar atenção. Agora, cientistas do Instituto de Medicina Legal de Liège, na Bélgica, receberam ossos de quatro soldados. O objetivo dos pesquisadores é determinar as regiões de onde os homens vieram.
Os restos mortais foram descoberto na vila de Plancenoit, onde as tropas dos lados prussiano e napoleônico batalharam fortemente. Por conta disso, é possível que os ossos pertençam a soldados franceses.
Foram revelados dois crânios, três fêmures, ossos do quadril, entre outros. Todos os restos mortais estavam escondidos por um homem não identificado que recebeu as peças para expô-las. Ele, no entanto, preferiu não fazer isso por motivos éticos e entregou os esqueletos a profissionais.
Por outro lado, pedaços de botas e fivelas de metal encontrados junto aos restos apontam para uniformes usados por soldados do lado germânico, o que já mudaria a história.
Seis nacionalidades europeias batalhavam contra a França na Batalha de Waterloo, o que dificulta o trabalho dos cientistas em reconhecer a origem dos soldados. Agora, a equipe pretende usar exames de DNA para chegar a resultados conclusivos.
Segundo os pesquisadores, os dentes são ideais para tal análise devido a presença de estrôncio, um elemento químico natural que se acumula nos ossos humanos e pode indicar regiões específicas por meio de sua geologia.