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Petrobras troca humanos por robôs em mergulhos profundos

Mudança permite reduzir riscos às pessoas e aumentar a segurança. A substituição ocorre em profundidades maiores que 50 metros

A Petrobras se tornou a primeira entre as grandes empresas de petróleo a substituir o mergulho em altas profundidades por robôs submarinos. A estatal anunciou a novidade na última semana.

De acordo com a empresa, a mudança permite reduzir riscos às pessoas e aumentar a segurança. A substituição ocorrerá nos mergulhos em profundidades superiores a 50 metros. Ou seja, a partir dessa profundeza, a empresa utilizará apenas robôs submarinos.

Para se ter uma ideia, no passado, a Petrobras já chegou a realizar (em média) 2 mil mergulhos saturados por ano. Nesse tipo de mergulho, os trabalhadores podem ficar vários dias submersos, com o auxílio de cisternas ou câmaras hiperbáricas.

Assim, além da segurança, a nova solução tecnológica também aumentou a confiabilidade nos trabalhos, como o acionamento das válvulas de segurança de plataformas submersas.

“Na Petrobras, buscamos as soluções e tecnologias mais modernas para tornar a operação cada vez mais segura. O uso de robôs, por exemplo, já vem sendo aplicado em situação de combate a incêndio, de manutenção em altura, entre outros”, destaca o gerente executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Flaubert Machado.

Vale lembrar que a empresa também anunciou recentemente que vai usar cachorro robô para ajudar em inspeções.

Mergulhos continuam (mas em profundidades menores)

A companhia brasileira informou que, apesar do uso de robôs, continuará contando com mergulhadores para as atividades até 50 metros de profundidade. Segundo a empresa, parte dos profissionais também está sendo migrado para operação de robôs submarinos.

“A Petrobras tem em seu Plano Estratégico o respeito à vida, às pessoas e ao meio ambiente como um dos seus valores. Por isso atua de forma constante para permanecer entre as principais referências de segurança do setor no mundo”, disse a empresa.

Adequação do sistema

A oportunidade de implementar o projeto 100% “diverless” (“sem mergulho”) surgiu durante as adequações nos circuitos de válvulas de segurança da plataforma de Mexilhão (PMXL-1), na Bacia de Santos — as chamadas ESDV (Emergency Shutdown Valve), ao longo de 2023.

Originalmente a troca dos umbilicais e as adequações nas conexões do sistema de controle das seis ESDVs da plataforma seriam feitos por meio de mergulho saturado. Dessa forma, após análises, foi aplicada a solução com uso de robôs submarinos.

Assim, em dezembro do ano passado, a empresa finalizou as intervenções mais críticas da campanha, cujos cenários operacionais eram inéditos para operações diverless. A plataforma de Mexilhão tem grande relevância na oferta de gás, por ser responsável pelo escoamento de quase 20% do gás produzido no Brasil.

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