Picapau-amarelo e Ararinha-azul: Brasil lista suas espécies ameaçadas
O Brasil tem 1.253 espécies ameaçadas — com risco de extinção –, segundo o SALVE (Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade).
Espécies como os famosos Picapau-amarelo e Ararinha-azul (diferente da Arara-azul, também ameaçada) integram a lista, entre as 364 espécies “Criticamente em Perigo”.
O desenvolvimento do SALVE começou em 2016, liderado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). O objetivo é facilitar a avaliação do risco de extinção de cada espécie e, assim, tornar essas informações mais acessíveis, contribuindo para a implementação de políticas públicas de conservação da biodiversidade.
Das 14.785 espécies avaliadas, 5.513 possuem ficha publicada até o momento. O institulo avaliou todas as mais de 9 mil espécies conhecidas de animais vertebrados. Ao todo, incluindo os invertebrados, são mais de 100 mil espécies de animais na fauna brasileira — uma das mais ricas do mundo.
“O Brasil é reconhecido mundialmente por abrigar a maior biodiversidade do planeta, e a partir da atualização e disponibilização desses dados será possível reforçar a implementação de ações que promovam a conservação da nossa fauna”, disse Rodrigo Jorge, analista ambiental do ICMBio.
É preciso mudança no comportamento
O ICMBio lançou a nova ferramenta de conservação na última quarta-feira (2). Você pode acessar através deste link.
Para encontrar uma espécie na lista, basta inserir seu nome comum ou científico. O resultado traz, por exemplo, dados como grupo, categoria, última atualização, estados, bioma, classificação taxonômica, distribuição, história natural, população e mais.
De acordo com Jorge, é preciso uma mudança no comportamento de toda a sociedade. “As pessoas têm ajustado seus padrões de consumo e essa consciência causa um efeito direto nas empresas, por exemplo, que precisam estar mais atentas aos impactos que suas atividades possam causar ao meio ambiente e realizar esforços para reduzir, reverter e compensar atividades que causem impacto à nossa biodiversidade”, conclui.
Com informações do Gov.br.