Polêmico CEO da Activision quer investir em clube de Lucas Paquetá
Bobby Kotick, o controverso CEO da Activision Blizzard, já está planejando seus passos após deixar o cargo de mandatário na empresa de games, algo que deve acontecer no início de 2024.
Segundo o podcaster Sean Whetstone, Kotick pode se tornar em breve um dos acionistas do West Ham United, time de futebol que disputa a primeira divisão do Campeonato Inglês. Inicialmente, ele deve ser dono de uma fatia de 10% dos Hammers.
Se a informação se confirmar, o chefão da Activision será o segundo acionista americano do clube. A equipe já conta com Tripp Smith, co-fundador da GSO Capital Partners e do Blackstone Group, proprietário de 8% do time.
Atualmente o West Ham está em 9º lugar na Premier League e tem como sua principal referência técnica o meia brasileiro Lucas Paquetá, revelado nas categorias de base do Flamengo.
Kotick se tornou CEO da Activision em 1991 e, após a fusão com a Blizzard, em 2008, seguiu como mandatário da empresa. Seu contrato com a companhia se encerra no final deste ano. Então, um novo líder deve ser apontado para o cargo, à medida em que a Microsoft toma controle efetivo das operações após a aquisição por valor recorde.
Assédio de funcionários na Activision
Nos últimos anos, a figura de Kotick se desgastou em razão de uma série de escândalos internos da Activision Blizzard que vieram à tona. Diversos funcionários denunciaram condições tóxicas de trabalho na empresa. O ambiente era ainda mais difícil para as mulheres, frequentemente vítimas de humilhações, bem como assédio moral e sexual.
De acordo com as informações disponíveis sobre os casos, Kotick sabia das denúncias, mas trabalhava para acobertá-las. Além disso, outro fato que se tornou público foi a demissão de dezenas de trabalhadores da companhia como represália pelas denúncias.
Um relatório de transparência da empresa constatou 114 denúncias de casos de assédio, discriminação ou má conduta dos empregados. Desses, 29 foram reconhecidos após investigações internas da própria empresa.
Durante sua gestão, Kotick também foi alvo de acusações de assédio sexual contra funcionárias e de ameaçar uma secretária de morte. Entretanto, parte dos processos contra o CEO foram extintos em acordos extrajudiciais.