Putin afirma que Rússia está perto de criar vacinas contra o câncer
Sem detalhes mais específicos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na última semana que cientistas russos estão próximos de criar vacinas contra o câncer. Segundo o mandatário, em breve esses imunizantes poderão estar disponíveis para os pacientes.
“Chegamos muito perto da criação das chamadas vacinas contra o câncer e de medicamentos imunomoduladores de uma nova geração”, disse em um fórum de Moscou sobre tecnologias futuras. “Espero que em breve eles sejam efetivamente usados como métodos de terapia individual”, acrescentou o presidente.
Apesar das declarações surpreendentes, Putin não deu mais detalhes sobre os imunizantes. Além disso, ele não explicou para quais tipos de câncer seriam usados nem como a vacina funcionaria.
É possível uma vacina contra o câncer?
A principal dificuldade de criar uma vacina contra o câncer é que é uma doença complexa e multifatorial. Ou seja, causada por diversos fatores, que vão de hábitos de vida a genética.
Além disso, as células cancerosas têm capacidade de sofrer mutações, o que torna ainda mais difícil desenvolver uma vacina efetiva, que previna o paciente para o resto da vida.
Porém, graças ao avanço da tecnologia de mRNA na confecção de vacinas, cientistas do mundo todo têm corrido para tentar criar uma nova geração de terapias contra o câncer.
Até o momento, os principais avanços na pesquisa e desenvolvimento das vacinas oncológicas estão relacionados ao melanoma e ao câncer de mama. Porém, em tese, qualquer tipo de tumor pode se beneficiar da tecnologia.
No ano passado, o governo do Reino Unido assinou um acordo com a BioNTech, sediada na Alemanha, para lançar testes clínicos que fornecem “tratamentos personalizados contra o câncer”. O objetivo é atingir 10.000 pacientes até 2030.
Um dos exemplos mais avançados é uma vacina experimental baseada em RNA mensageiro (mRNA) da Moderna e da MSD.
Assim, o imunizante reduziu em 65% o risco de que o câncer de pele mais letal se espalhasse em relação ao tratamento apenas com imunoterapia. Os resultados foram apresentados na reunião da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, nos Estados Unidos.