É hora de relembrar as principais variantes da Covid-19
Todos os vírus estão sujeitos a mudanças. Com o Sars-CoV-2, causador da Covid-19, não é diferente. Ele tem uma receitinha pronta que deve seguir para se replicar dentro das células humanas, mas pode acabar esquecendo de um ingrediente ou outro — o que leva a mutação genética. O novo produto é chamado de variante.
A maior parte das variantes não apresenta risco. Uma ou outra foge do padrão, afetando as propriedades do vírus, tornando-o mais infeccioso ou resistente às vacinas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando as peças desde o início da pandemia, e quando alguma variante de risco aumentado aparece, entra para a lista de Variantes de Preocupação (VOCs).
Cinco variantes receberam tal classificação durante a pandemia. Estamos falando da alfa, beta, gama, delta e ômicron. Saiba mais sobre elas.
Alfa, beta e gama
A variante alfa surgiu no Reino Unido ainda em setembro de 2020. Ela foi a principal responsável por causar a segunda onda de casos de Covid-19 na Europa.
Beta e gama vieram logo em seguida, dando as caras pela primeira vez na África do Sul e no Brasil, respectivamente. A gama, descoberta originalmente no Amazonas, está ligada ao caos no sistema de saúde enfrentado na região norte entre março e abril de 2021.
Essas três foram consideradas variantes de preocupação pela OMS, mas hoje não circulam mais.
Delta
A variante delta foi identificada em outubro de 2020 na Índia, mas só foi classificada como VOC em maio de 2021. Ela se mostrou entre 40% e 60% mais transmissível que a alfa, causando aumento de casos no Reino Unido e outras partes do globo.
No final de 2021, a variante já era considerada predominante no mundo, mas perdeu seu posto com a chegada da ômicron.
Ômicron
A ômicron é a variante de preocupação mais recente. Ela recebeu a classificação em novembro de 2021, após ser identificada na África.
Essa variante se mostrou ainda mais transmissível que a delta, sendo capaz, inclusive, de ultrapassar a barreira de algumas vacinas. Por outro lado, ela não parece causar doenças graves e seus sintomas são semelhantes àqueles apresentados pela gripe comum.
O comportamento considerado leve das variantes delta e ômicron também pode estar relacionado a chegada das vacinas.
Subvariantes
Agora, o que tem chamado a atenção da população são as subvariantes, como a BA.2. Essa é uma parente da ômicron, que possui quatro mutações não encontradas na chamada BA.1 (ômicron original). Essa pequena diferença a torna mais transmissível, mas não apresenta mudanças na gravidade da infecção.
No Brasil, já se fala até mesmo da subvariante XE, que seria uma recombinação das linhagens BA.1 e BA.2. Mais uma vez, não é necessário alarde. As vacinas parecem dar conta de proteger a população de quadros graves da doença causados por tais variações do vírus.