Reviravolta inesperada: Elon Musk suspende compra do Twitter
O bilionário Elon Musk tuitou na manhã desta sexta-feira (13) que o acordo para a aquisição do Twitter está “temporariamente suspenso”.
Diante do anúncio — no mínimo inesperado –, os preços das ações da rede social despencanram 17% nas negociações que antecedem o pré-mercado de Wall Street, segundo apontou a Variety. O preço dos papéis chegou a ficar em torno de US$ 40, valor este inferior aos US$ 54, quando foi anunciada a compra do Twitter por Musk.
De acordo com o bilionário, o fechamento do acordo depende da confirmação da quantidade de usuários que possuem contas falsas e de spam na rede social. No tuíte de suspensão do magnata foi citado o link para uma matéria da Reuters que apresentava um relatório do Twitter que estimava que as contas falsas ou de spam representavam menos de 5% dos usuários ativos monetizáveis da plataforma.
Twitter deal temporarily on hold pending details supporting calculation that spam/fake accounts do indeed represent less than 5% of usershttps://t.co/Y2t0QMuuyn
— Elon Musk (@elonmusk) May 13, 2022
Vale lembrar que Musk já havia dito que um dos motivos para a compra da plataforma foi a redução no número dessas contas falsas. Ele, inclusive, afirmou que pretendia autenticar todos os usuários da rede social.
Incertezas sobre o futuro do Twitter
Nesta mesma matéria da Reuters, datada de 2 de maio, era ressaltado que o Twitter chegou a afirmar em um documento que o acordo de compra enfrentava vários riscos até que ele fosse selado. Entre eles, levantava-se dúvida se os anunciantes continuariam a gastar dinheiro no Twitter, assim como a “possível incerteza em relação a nossos planos e estratégias futuras”.
Conforme apontou o G1, no último dia 6 de maio, a rede social e o bilionário também foram processados por um fundo de pensão da Flórida, contestando a aquisição do Twitter e impedindo que o fechamento do negócio ocorra antes de 2025. Segundo a ação coletiva, não seria possível fazer uma fusão rápida da empresa, pois Musk tinha acordos com outros grandes acionistas da rede social, o que é proibido por uma legislação americana.