Tecnologia

Samsung e TSMC estudam abrir fábricas de chips no Oriente Médio

Emirados Árabes querem investir em tecnologia para depender menos do petróleo
Imagem: TSMC/Divulgação

Samsung e TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) — a maior fabricante de semicondutores do mundo — estão em negociações com o governo dos Emirados Árabes Unidos para a construção de megacomplexos industriais para a fabricação de chips eletrônicos.

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De acordo com o Wall Street Journal, as conversas ainda não estão muito avançadas, mas são um passo importante para viabilizar a ação. Se vingar, pode transformar o vizinho da Arábia Saudita em uma das potências do segmento, ao mesmo tempo que diminuiria a dependência do planeta das fábricas localizadas em território asiático.

O governo local vem incentivando empresas de tecnologia a operarem na região para diversificar as atividades econômicas exercidas no país. Atualmente, a economia dos Emirados Árabes Unidos depende muito do petróleo (assim como outros países da região), mas o objetivo é mudar o cenário nos próximos anos.

Por enquanto, as empresas estão em fase de reconhecimento e entendendo os principais desafios para a implantação dos centros de produção em larga escala.

Uma das principais dificuldades é na obtenção de água ultrapura, fundamental na fabricação de chips semicondutores. A utilização do elemento é essencial no segmento. Uma vez que qualquer micropartícula ou até organismos unicelulares, como bactérias, podem impactar na qualidade do produto final.

No caso dos Emirados Árabes, uma parte importante de toda a água consumida no país é resultado da dessalinização das águas do Golfo Pérsico. Esta realidade é um desafio para Samsung e TSMC, que também podem enfrentar escassez de profissionais qualificados para atuar nas fábricas.

Alternativa à Taiwan

A construção de polos de produção no Oriente Médio é importante para diminuir a dependência de Taiwan. O país é vital no desenvolvimento dos componentes, mas que também está no centro de tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China já há um bom tempo.

Aliás, os EUA estão oferecendo incentivos financeiros para empresas que quiserem abrir fábricas de chips dentro de seu território. O governo criou um fundo de investimento de aproximadamente US$ 39 bilhões para oferecer subsídios às companhias que atuam no segmento.

A União Europeia também segue a mesma linha dos Estados Unidos e grandes empresas de tecnologia já começam a procurar investir além de Taiwan. Países como Índia e Vietnã são alguns dos principais interesses das gigantes de tecnologia para iniciar possíveis investimentos.

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Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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