Ciência

Startup israelense tem sinal verde para fabricar bife em laboratório

Carne é cultivada a partir de células ou ovos de animal, mas recebe nutrientes para crescer artificialmente
Imagem: Fares Rammah/ Unsplash/ Reprodução

Depois do início da venda de frango cultivado em laboratório nos EUA, chegou a vez do bife. Uma startup israelense recebeu aprovação do Ministério da Saúde de Israel para produzir o pedaço de carne a partir de células criadas em laboratório.

Carne cultivada em laboratório

A Aleph Farms, empresa que recebeu aprovação de autoridades de saúde de Israel, cultiva a carne a partir de células que vêm de um animal vivo, um ovo fertilizado ou um banco especial de células armazenadas. Em grandes tanques de aço, elas são combinadas com nutrientes especiais.

Dessa forma, crescem, formando massas ou pedaços finos, como folhas. Depois, esses pedaços são moldados para se parecerem aos cortes de carne consumidos mundo afora, como por exemplo bifes e costeletas.

De acordo com a empresa, a ideia é começar a comercialização do produto por meio de bife pequenos, derivados de uma vaca Black Angus.

Embora tenha conseguido aprovação, ainda são necessárias várias até que a carne de laboratório esteja disponível nas plateleiras de mercados e restaurantes.

Primeiro, reguladores precisam aprovar os rótulos do produto. Em seguida, uma inspeção ao laboratório será realizada. Apenas depois disso a carne poderá ser vendida para a população de Israel. Estima-se que isso ainda possa demorar muitos meses.

O que muda com a carne cultivada em laboratório

Para os produtores, cultivar carne em laboratório é uma maneira de reduzir drasticamente a exploração animal, comum na indústria. Além disso, eles alegam que o modo de produção também evita impactos ambientais causados pela pecuária.

Ainda assim, a tecnologia é nova e, portanto, cara. No momento, mais de 150 empresas em todo o mundo estão tentando trabalhar com a carne cultivada em laboratório, mas há desafios em produzir em escala suficientemente grande para tornar a produção acessível e lucrativa.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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