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Sucessor do Wikileaks vaza dados sensíveis de empresas e agências russas

Grupo DDoSecrets divulgou na internet centenas de gigabytes de dados. Lista de vazamentos inclui empresas como a Gazprom e até dados do banco central russo

Sucessor do Wikileaks vaza dados sensíveis de empresas e agências russas

Em meio à guerra na Ucrânia, o grupo de ciberativismo Distributed Denial of Secrets — ou simplesmente DDoSecrets — tem se esforçado em vazar centenas de gigabytes de dados sensíveis das principais empresas e agências russas.

Diante da quantidade de informações vazadas, o coletivo vem sendo chamado de o “sucessor do Wikileaks”. A semelhança não é indevida: ele foi fundado por Emma Best, uma jornalista norte-americana que já trabalhou com o famoso ativista cibernético Julian Assange.

Como apontou o site Xataka, o grupo disponibilizou 726 GB de dados da empresa de energia russa Gazprom em um neste site. Além disso, estão disponíveis outros 817 GB da Roskomnadzor, a agência que monitora a mídia na Rússia.

Segundo Micah Lee, diretor de segurança cibernética do The Intercept, alguns dados já estão sendo analisados por jornalistas. Porém, o trabalho pode demorar meses ou mesmo anos. Lee afirma que tem posse de 15 GB de dados da Rosatom, a agência estatal de energia nuclear russa; 79 GB da Transneft, a maior empresa petrolífera do país; e 22 GB do banco central russo. E a lista via longe.

Alguns desses dados contêm informações altamente confidenciais, incluindo detalhes financeiros, militares ou de vigilância. Porém, a fundadora do grupo não descarta que informações possam ter sido manipuladas. “Com conjuntos de arquivos tão grandes, é sempre possível que algo possa ser modificado ou plantado”, explica Best.

Como o Wikileaks, o DDoSecrets se anuncia como um grupo jornalístico sem fins lucrativos que luta pela transparência, ao vazar de forma gratuita dados que são de interesse público. “Não apoiamos nenhuma causa, ideia ou mensagem além de garantir que as informações estejam disponíveis para aqueles que mais precisam – as pessoas”, dizem os ativistas.

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