Suíça cria a “Lei Netflix” que obriga plataformas a financiar o cinema local

De acordo com a nova lei adotada, as plataformas de streaming terão que pagar pelo menos 4% de suas vendas totais de cada ano para criar séries e filmes suíços
Netflix streaming. Imagem: Unsplash
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Os eleitores suíços aprovaram no último domingo (15), uma proposta para que serviços globais de streaming de TV, como Netflix, Amazon e Disney+, invistam parte de suas receitas geradas na Suíça na produção de filmes domésticos.

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De acordo com os resultados definitivos, 58,42% votaram a favor da proposta conhecida como “Lei Netflix”, segundo o resultado final, em uma das três votações nacionais realizadas sob o sistema suíço de democracia direta.

A modificação da lei sobre o audiovisual obrigará as plataformas de streaming a investir 4% de seu volume de negócios em conteúdo local, participando em produções ou pagando uma taxa.

Desde 2007, as emissoras de televisão do país já eram obrigadas a investir 4% de seu volume de negócios na produção cinematográfica suíça. Esse encargo também será aplicado às redes estrangeiras que exibem anúncios publicitários específicos da Suíça.

“Este resultado destaca a importância cultural da produção cinematográfica da Suíça”, disse o ministro do Interior, Alain Berset, em entrevista coletiva neste domingo.

Com isso, a Suíça se tornará o mais recente país europeu a introduzir medidas para apoiar a produção local de TV e cinema, além de impulsionar o conteúdo produzido localmente.

Com a reforma, a indústria cinematográfica suíça espera obter cerca de 18 milhões de francos adicionais por ano, segundo o Departamento Federal de Cultura. A proposta prevê que as plataformas de streaming serão obrigadas a oferecer 30% de conteúdo europeu, como já acontece na União Europeia.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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